Histórias pra contar #10 : Litinho Capítulo 10 - Instruções

      


       Olá pessoal 

       O fim esta próximo, nossa primeira história contada por aqui chega o capítulo 10 para mais confundir do que explicar, assim segue Litinho que é um texto em construção que vai se fechando lentamente nas mãos do autor, meu amigo Marcelo. Espero que gostem da leitura e abaixo os outros nove para quem quiser entender melhor a obra publicada nesse semestre. 

 

 Vamos ao Capítulo 10



    Capítulo 10 - Instruções por Marcelo Oliveira


 “Você venceu com a sua lógica
 Digital e analógica
 Você não passa da programadora
 De repertório redundante da minha dor.”

       Difícil dizer o que se passou pela cabeça de cada um, afinal a cabeça de cada um é formada pela minha. Escrever, às vezes, pode se mostrar uma tarefa árdua como a montagem de um complexo e desajeitado quebra-cabeça - isso varia com os recursos linguísticos utilizados - o que, de quebra, pode causar uma grande dor, adivinhem só, de cabeça. Mas um pouco de calma vos peço e de pronto, na medida do possível, explicarei. O quanto um encontro, mesmo que por segundos, pode mudar o curso de uma história? Quais os signos carregam o verdadeiro significado ou o que melhor se encaixa no contexto? Como construir um texto, caro leitor? E como eu, pobre mortal, nesta incumbência dolorida, que é o escrever, conseguirei transmitir a gama de sensações possíveis num mundo que existe entre o real e o ficcional? Portanto, desta vez, tentemos enxergar essa trama por um viés não interessado. Você também, caro leitor, deve imunizar-se de julgamentos ou escolhas e enveredar pela reflexão imparcial. Pela reflexão analítica: por toda aquela construção desinteressada dos críticos insensíveis formados aos montes pelo meio acadêmico. Sejamos robôs isentos de emoções! Esqueçamos a rima de cordel, a variação diatópica representada de certo modo estereotipado através da escrita, o falso vernáculo, os conectivos da trama, as peripécias, a ação una, os personagens, a sonoridade imagética e o narrador. Atentemos:  Dizem que Eros não deixa nenhum ser vivente escapar de seu poder... Concedo, mas acredito em sentimentos muito mais audazes que o amor e muito mais capazes de alterar o caminho traçado pelo destino. Entretanto, sejamos imparciais e aproveitemos, de modo a calhar, a referência musical a Jards Macalé, maior conhecedor do amor, depois de Eros, com sua boneca semiótica - utilizada como epigrafe neste texto - e façamos essa leitura ao som de "78 rotações." Vos explicarei meu pensamento depois de captar vossas atenções através do recurso retórico da docilidade. Ou seria através do discurso patético das emoções??? Não! Imparciais. Sejamos imparciais. Como é difícil. Mas Sejamos.
  
     O final da história se inicia, na narrativa, neste pequeno recorte do imaginário criado para a vida e trama dos personagens. Como encerrar uma criação?  O que será que Deus se pergunta, ainda hoje, ao olhar para os homens?? Não, não, não! Estamos perdendo o foco. Não deem trela para os meus devaneios, mas me ajudem, por favor.

    Todo o final necessita de uma morte ou de um "felizes para sempre"? Calma, não é spoiler, mas todos nós conhecemos de certo modo a receita do romance. Então o que nos motiva a continuar a leitura? Ah, céus. Quantas perguntas mais virão? Por que nos apegamos aos personagens e qual o motivo de desprendemos sentimentos por eles? Este ponto também faz parte da linha tênue do sentir e deste modo tudo se torna uma coisa só com sua característica singular e em comum. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Assim Eros pode emprestar seu amor à escrita; e, deste modo, que a empatia da pena faça com que vossos corações julguem, mas isentos do triste fim, da inercia ou do recomeço. Essas são as instruções. Obrigado pela leitura e desde já, vos agradeço.

Att: um não narrador que vos fala.

Continua no Próximo Capítulo  



    É isso pessoal 
    Até a próxima 

    

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