De Olho neles #5: O brasil segue num caminho incerto

          
             
              Olá pessoal 

         A luz da questão de uma transição do governo e a expectativas do que realmente vai acontecer com o famigerado "Novo" partido e presidente eleito, dialogam com a falta de interpretação e polarização que criam uma névoa ideológica dentro de uma realidade política que não aparenta novidade, mas continuidade de projetos de poder que almejavam a um tempo como evangélicos, ruralistas, militares e extrema direita. 

            Proponho uma visão diferente: democrática e pé no chão, não abstenho de toda minha construção de visão política mas entendendo todo o cenário que se desenha no país onde a divisão é natural e justa frente as ideologias que se apresentam. A vitória nas urnas reflete uma desconexão pois a margem de brancos/nulos e votos contrários ao vencedor soma uma quantidade maior que os votos ao candidato do PSL, de certo que o desejo de uma maioria eleitoral venceu a base de táticas polêmicas e recusa de debates, tudo dentro do processo comum e um incômodo com o esquema de fake news comprovado durante o segundo turno. 

         Um fato que ocorreu é que as propostas polêmicas, afirmações e desistências constantes de nomes e promessas, além de frases que realmente caíram mal com o discurso agressivo contra a oposição que se tornou político nas últimas horas da eleição. A discursiva foi de apolítica com o desprendimento da batalha de partidos para uma posição de salvador da pátria, o "mito" parece querer se tornar uma verdade, o que venceu foi a disputa foi a escolha do discurso de sempre de novidade e salvação da colheita, frente a descrença do antipetismo e do estandarte político. 

          A derrota do Haddad foi prevista e cumprida a risca pelas pesquisas de intenção de votos, o PT fez o máximo para tentar retornar ao poder, usou da figura do Ex prefeito de São Paulo para convencer um público exaltado dar uma chance a saída mais democrática que se apresentava. O horizonte é uma renovação com cara de ultrapassado, o conservadorismo junto a promoção de pautas  da direita dão a nova face de um legislativo mais duro que aparenta ser este que veio de 2014.  

         Juntando os cacos, o que dá para concluir é a promessa que fica de uma salvação ou uma "mudança" de poder que pode ser confusa, pois a equipe tanto quanto presidente eleito tem um modus operandi instável, tendencioso a fake news. As pautas prestam o serviço de continuidade do avanço neoliberal e da caça aos direitos sociais com as falas sobre previdência, direitos trabalhistas e terras indígenas, além da extinção de ministérios e junção questionáveis de pastas que são grandes demais para serem dirigidos para equipe só. O legislativo será um desafio pela marca de diversidade e novos acordos a serem tratados com partidos nanicos e a oposição promete ser combativa. 

       A incerteza é entender que a mídia internacional prevê queda de investimentos pelo perfil de extrema direita do presidente, além de que a construção deste governo parece atada com laços fracos pois se Temer era odiado, o que se inicia terá um país mais dividido e descrente do que o anterior, a ideia de maioria do eleitor "vencedor" se desfaz em qualquer conversa pela cidade, ninguém tem certeza de nada neste governo. 

         É isso, pessoal 
        Até a próxima  

     
       

Comentários

confira :

Jogador 2 cabeças: Games + cinema.

Giro dos esportes #19: O Lento retorno do futebol e a crise