FHM #73 : Eficiência corinthiana e a queda do jogo jogado

 
 

   Olá pessoal

   O tema da coluna esportiva de hoje é o futebol brasileiro, o estilo de jogo defensivo e de resultado tem se tornado mais comum entre os times grandes, sinal de tempos de poucos craques e que se abdica da ofensividade por uma garantia do empate. O símbolo disso, o Corinthians de hoje sem centroavante e com jogo sofredor que é eficiente porém mostra como ganhar se tornou mais importante que jogar com a bola nos pés. 

    Este texto é saudosista, a memória afetiva será base para falar desse assunto até clichê das analises esportivas em geral, por que deixamos de jogar? passamos a ter uma liga onde os times se propõem a sofrer pressão a ter o domínio criativo do jogo, atacar passou a ser secundário no fundamento de tática e execução de jogadas para chegar ao topo do tabela. Não é nada contra o Corinthians, a questão é que tem o Carille que é um técnico nesse estilo, chegando num limite de condicionamento tático de seus jogadores. 

    O conceito tático defensivo faz parte do jogo, a questão é numa balança onde o futebol de resultado tem pesado mais que aquele que prioriza a qualidade dele produzida em campo. O dilema de não perder e segurar seu cargo apesar de um jogo feio ou fazer seu time render bem e por vezes perder para time fechados e jogando em contra ataque; A questão filosófica ,estamos vivendo um momento de medo e que esta se jogando primeiro para não perder e depois se der ganhar, esquecem que futebol passa na TV e continua sendo um show que fica cada vez menos interessante. 

     O título do Timão de 2017 reflete como a parte tática era importante porém tinha o elemento ofensivo ali com o Jô e o volantes Box to Box fazendo com que jogasse bem a equipe. O que vimos agora é uma versão pior deste time que não tem referência e vive sem conseguir jogar bola a frente, vivendo de lapsos de um meia de chegada que é o Rodriguinho, funcional pela tática. No contraponto disso temos cruzeiro, Grêmio, Atlético PR, Flamengo e Palmeiras que ainda tem o cerne ofensivo e que representam um pouco do que poderia ser um padrão para os outros times. 

     Estou sendo mais um chato que discorda do futebol apresentado hoje, times que eu torço jogam para trás e nem por isso deixo de acompanhar, me irrita ver como se prolifera o modo de pensar tático porém defensivo ao extremo em vez de combinar com um jogo de posse de bola e objetividade, de certo faltam jogadores de nível mas também coragem de enfrentar o estigma de joga bonito e não ganha, se um dia já fomos os melhores do mundo, tá na hora de pegar a essência de volta. 

   É isso, pessoal 
   Até a próxima 

 

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