Histórias pra contar #9 : Litinho - Capítulo 9 : Novela

         


       Olá pessoal 

      Caminhando para o fim, chegamos com mais um capítulo de Litinho que começa tomar os seus rumos finais da nossa história. No 9° episódio os problemas começam a aparecer e as teias começam a se ligar para formar o ponto alto destas desventuras. 

Confira os capítulos anteriores de Litinho por Marcelo Oliveira:



  Capítulo 9 - Novela


  

    O padre Tião estava inquieto. Ele sempre soubera das peripécias de Litinho: das suas aventuras e desventuras. ”Sempre foi um menino travesso e cheio de energia, cheio de vida, uma chama inquieta.” – pensou o padre. Mas essa confusão na delegacia se mostrava como uma mal pressagio e isso o incomodava. Muitos segredos não revelados estavam se desemaranhando e muitas pessoas inocentes estavam envolvidas na trama.

Os irmãos presos juntos! Meu Deus. Que destino traçais, ó Altíssimo? Que Tu tenhas misericórdia dessas pobres almas. Os pensamentos do padre voavam a esmo e, enquanto terminava de fazer o sinal da cruz para entrar na delegacia, uma voz o interpolou:
A benção, padre. Que coincidência o senhor por aqui. Dona Cristina estendeu a mão para recolher a sagração do clérigo.
— Deus te abençoe minha filha. Sim, as noticias correm rápido por essa cidade. Vim em socorro dos meninos.

    Catharina e Magnólia vinham atravessando a rua em direção dos dois na porta da delegacia : 

— Vejam só! - exclamou Dona Cristina – temos uma reunião formada, pelo visto.
— Boa tarde Dona Cristina, a benção, padre. Soubemos do ocorrido e viemos ter noticia dos meninos. Presos? Mas por quê? Estão bem?
O padre abençoou as mulheres e antes de poder responder algo foi interrompido pela mãe de Pedro.
— O que esse caso tem a ver com vocês? Gostaria que me respondessem! Pois não vejo motivo algum para tanto envolvimento alheio.
— Nós só gostaríamos de saber se está tudo bem c...

    Antes que Magnólia terminasse a frase, dona Cristina, adentrou o prédio sem maiores rodeios. Eles a seguiram depois. O padre Tião continuava receoso com o que pudesse vir a acontecer.

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— Vejam bem, senhores – explicava-se o delegado. A confusão iniciou-se no bar e, tendo em vista o estado alcoolizado, alterado de ambos, e a arruaça causada defronte o estabelecimento e vias públicas, meus homens, pelo poder que lhes compete como agentes da lei, interviram para que maiores danos não viessem a ocorrer - tendo em vista que injurias corporais causadas pelas agressões já se mostravam visíveis, como os senhores mesmo hão de se aperceber...
— Mas prender? Meu filho, senhor delegado? De certo que está briga se sucedeu por conta desse outro rapaz. Conheço muito bem meu filho e sei que ele não seria capaz de tamanha empreitada sem motivo.
— Veja bem, dona Cristina. Os meninos não podem sair arrumando confusão assim pela cidade. Eu os conheço e sei que não são má gente, mas transgredir a lei de tal modo... Convenhamos. Faz-se preciso manter a ordem! Se não vira bagunça. E isso eu não permitirei!
— FERREIRA! MANDEM TRAZER OS MENINOS! Ordenou o delegado. As horas de xilindró já havia amaciado a bebedeira dos rapazes, mas quem diria que um simples olhar poderia desvirtuar tudo novamente? Ferreira conduzia os dois pelo corredor das celas até a sala do delegado. Ambos não trocaram olhares, andavam em fila em total silêncio ressentido, mas quando adentraram ao escritório e se deparam com a quantidade de espectadores a olhá-los, as coisas mudaram de rumo. O olhar de Litinho foi de encontro com o de Catarina. Ah, meu caro leitor. Quantas coisas há para se contar? O destino escolheu aquele dia para ajeitar algumas pontas e criar outras. Enredemos nossa novela.

   Continua no próximo capítulo... 

    É isso, pessoal 
    Até a próxima 

    


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