FHM #127: O problema crônico do racismo no futebol


 
                                               Olá pessoal 

                          O tema de hoje é o racismo, em pleno dia da consciência negra temos que ressaltar o debate da onda conservadora que impulsiona e protege os casos de injúrias raciais de torcidas e instituições das punições. A situação se agrava com a naturalização de comportamentos, a Itália é palco continuo de jogos com polêmicas racistas, a lista de afetados aumenta a cada dia e o Calccio não resolve a questão, falam sobre a torcidas sobre tradição local para amenizar uma sociedade racista que se expressa no esporte. 

                          Taison, Balotelli, Koulibaly, Kean, Malcom e outros nomes estiveram no posto de atacados pelas torcidas adversárias, o limite de vaiar o jogador foi ultrapassado com o sonoro caso de ofensas raciais em várias línguas. O mundo esta vendo o futebol assumir a faceta mais cruel de Ultras, torcidas mais radicais, além do aspecto do torcedor comum sair da zona de desconforto em incitar frases racistas em meio a crise do futebol europeu. O dinheiro esta lá, as audiências também ,mas se vê impotente em coibir o crescimento da intolerância contra os negros nos campeonatos maiores e menores da UEFA. 

                            A repetição seguida da punição muito fraca, retrata o modo como a questão é abordada superficialmente com campanhas e falas prontas. Ninguém é a favor do racismo no futebol, entretanto permitir, ser conivente com grupos abertamente conservadores que podem cair na brutalidade coletiva de apontar um jogador e ataca-lo por sua cor. O que indica é que tanto a FIFA, Conmebol, UEFA e outras temem criar punições pesadas ou efetivas com medo de manchar relações, ser taxada de progressista por proibir o mínimo que é ter uma resposta aos atos racistas.

                           No mundo de discursos prontos, as falas de jogadores melhoraram muito em relação a não soltarem frases racistas e defenderem seus colegas das situações. No caso de jogadores é mais raro o ponto de chegar a uma disputa de palavras cair na questão racial e da origem pobre no geral ser uma barreira positiva a esses comportamento. 

                                 O foco fica em quem deve sofrer a sanção pelos eventos e ser responsabilizado, as torcidas levarem multas ou banimentos é um ponto que poderia ser mais visado tanto quanto os times deveriam ser excluídos de competições ou perderem pontos ou jogos que aconteceu o fato. Todas essas possibilidades poderiam ser opções mais viáveis do que o de fato se aplica como multas aos clubes e ameaças de processo quando identificado. O pensamento fica em poupar o time responsável do jogo e no máximo, uma citação a torcida a se defender do ato como se fosse justificável o ato coletivo ou pessoal. 

                               O cenário é complicado, o caminho indicado parece ser um ciclo cada vez mais presente destes atos por um falta de rigor no controle das partidas pelas entidades máximas do esporte. Ser negro no futebol não é numericamente baixo, faz parte da base de jogadores que ganham menos e que dependem mais como carreira de mobilidade social, ver os grandes craques africanos, latinos de pele escura e nessa geração de filhos com o europeus fazem com eles estejam em todos os continentes jogando por diversas ligas. 

                                É isso, pessoal 
                                Até a próxima 


 

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