FHM #Especial: Analise - os jogadores jovens e valorosos do Brasileirão 2020

 

                Olá pessoal

       Esta matéria foi pensada baseada nas listas das grandes revistas de esportes que citavam os valores de um mercado para as janelas de transferências por critérios técnicos e esportivos. A minha ideia é listar os jogadores que valem mais em cada time ou tem mercado interno ou externo com o decorrer do campeonato que esta temporada vai cruzar as transferências internacionais de forma diferente pelo aporte menor esperado com a paralisação de meses sem jogos pela quarentena do Covid-19.

         O Objetivo é demonstrar como cada time tem potenciais diferentes de arrecadação com vendas e a dependências dessa peças para 2020 nas 38 rodadas que virarão o ano até seu final, tudo é especulativo até que se prove maior ou menor valor de transferência na prática, isso avalia a situação esportiva e econômica dos 20 clubes da Serie A em condições normais.

        A separação vai ser feita por região, pois, a amostra tem semelhanças e diferenças que fazem sentido, a lista de jogadores foi gerada com a análise de cada elenco até 10/07/20, dependendo de processos como idade, interesse europeu, fama em torneios de base e vendagem considerando as condições de um ano sem pandemia. Escolhas foram feitas ao definir que este jogador é mais interessante que outro aos olhos de um comprador, algo que o leitor pode discordar e que é democrático, entretanto tudo foi pensado nas movimentações recentes.

Vamos ao que importa, os times e seus valores de mercado 

 Nordeste:

          Os quatros times na competição são os rivais Ceará e Fortaleza, Sport Recife voltando a primeira divisão e o Bahia que vem com projeto forte financeiramente. O perfil dos clubes é bem similar com médias de idade entre 26 a quase 29 anos, os elencos tem destaques maduros que saíram da  fase mais crucial de venda de jovens para o bom jogador que desperta atenção dos concorrentes nacionais ou mercados mais secundários no sentido de transferências.

        Os exemplos mais claros são os times Cearenses que tem destaques modestos Romarinho, Quinteros, Leandro Carvalho (Ex Botafogo), Vinicius Goes (Ex Atlético MG). Valores de mercados que começam com mais 600 mil até um milhão de Euros com peças úteis que mantém esses clubes brigando por suas permanências no Brasileirão.


       Sport e Bahia tem o contraste de situação, a permanência e a subida de divisão com elencos distinto em poder de fogo, o Bahia tem menos apostas na sua lista com Gilberto, Clayson, Gregore que são consagrados contra Ronaldo (Ex Santo André), Adryelson da base como valores. Deixando claro que outros nomes de experiência como Hernane Brocador seguem lá numa idade mais avançada.


Centro Oeste

        Centro do futebol no meio do país que tem poucas participações na primeira divisão, Goiás tem dois representantes após o acesso do Atlético Goianiense e a permanência do Goiás em 10° em 2019. Diferenças de elenco e expectativas são claras com o Atlético – Go com elenco modesto e mais barato entre todos com poucos destaques e o seu rival com investimentos consideráveis para este ano.

     O dragão tem apenas três jogadores listados, um deles uma analise minha sobre o zagueiro titular Oliveira que tem um valor alto para os padrões do time. Isso é o que geralmente olheiros e scouts procuram em times, a jornada do time deve ser dura para sobreviver comparado aos outros concorrentes ao rebaixamento.

      O alviverde tem um quadro completamente oposto com peças caras em todos os setores do campo, desde o Goleiro Tadeu, Rafael Vaz na Zaga, Daniel Bessa no meio e os dois pontas latino-americanos. A lista tem valores bem mais altos que o rival, não quer dizer que vai ganhar dinheiro com isso, mas tem ativos mais valorosos em seu elenco.


Sudeste

Minas Gerais

       O Atlético Mineiro é o representante único nesta temporada com o investimento alto e o badalado Jorge Sampaoli, depois de muitos reforços tem muitos jovens de interesse europeu na lista, pois, tem o perfil que só aparece agora que é o time competitivo para ganhar o campeonato. Desde Igor Rabello, Guga e Allan são todos jovens na faixa prioritária dos grandes clubes, enfim a qualquer momento eles podem fazer uma boa venda a milhões de Euros.


Rio de Janeiro

       O Estado mais desigual é o Rio com muito capital do lado do Flamengo que tem um perfil de vendedor e comprador em comparação com a dificuldade dos outros três grandes do Rio que tem elencos modestos e bons valores da base como salvação da lavoura.

          A lista do Mengão tem três titulares, um reserva e o garoto de ouro que já é cobiçado. Sinal da gestão que merece reconhecimento com pequena aspas relativas a ação humanitária que tem sido o fraco, melhor grupo do país e destoa do quebrado futebol Carioca.


         O trio Botafogo, Fluminense e Vasco tem o padrão de jovens despontando como exemplos de Luis Henrique, Marcos Paulo e Talles Magno. A mescla de experiência e juventude é a solução para a falta de grana nos cofres e o retorno técnico em campo com a presença de Nenê, Fred, Honda, Cano e etc.


São Paulo

           O mercado mais equilibrado de todo o cenário da primeira divisão que tem um ano atípico com cinco times representando com o acesso do Red Bull Bragantino (Clube empresa). O porte financeiro de todos é alto, tem jovens como peças primárias para aliviar o caixa e a presença de sondagens como rotina e compras milionárias que ocorreram para esta temporada.

          Os times da capital são o trio de ferro: Corinthians, Palmeiras e São Paulo, todos tem pelo menos alguma peça jovem e uma estrutura de time que tem muitos medalhões. Depois da venda de Pedrinho, tem os zagueiros jovens no elenco além de Mateus Vital como opção caso volte a jogar bem; Já no tricolor as esperanças estão nos meninos de Cotia para manter o caro time do Dinizismo, Liziero e Igor Gomes atraem óbvio interesse europeu; O Verdão tem um elenco formado e tem agregado peças como o volante do Sub 20 Gabriel Menino e o xará Verón que é o 2° jogador mais caro da liga em especulação, sem contar com a expectativa em Rony para substituir Dudu nas pontas.


          Os times do interior: Braga e Peixe usam formulas parecidas com suportes diferentes, o time de jovens talentosos e a semelhança dos dois, porém, com a diferença de patrocinador botando investimento que torna as contratações do time de Bragança impactantes e os achados da base e do mercado tornam o Santos forte em negociações com Soteldo, Kaio Jorge bons negócios para o futuro


Sul

 Paraná

           Os times da capital Paranista chegam a dois com o acesso do Coritiba que sobe com time bem experiente e as boas campanhas do Athlético PR. Times com perfis diferentes por filosofia que traçam planos diferentes para esta edição do campeonato.  De um lado a briga pelo rebaixamento e do outro a disputa da Libertadores da América, duas realidades duras com portes e olhares diferentes do mercado.

         O elenco do Coxa branca é conservador, apostando em medalhões para sobreviver com pouco espaço para a base, que é o contrário do Furacão que mescla muito bem crias do clube a experientes jogadores que elevam o nível do clube em campo. Destaque mais jovem do Coritiba é Igor Jesus, ponta, segue após dele jogadores com rodagem como Robson e Giovanni; Athlético tem na defesa Lucas Halter, Abner e na frente nomes mais velhos e que tem pompa.


Rio Grande do Sul

         Os rivais do sul, Grêmio e Inter tem perfis parecidos com elencos muitos qualificados e jovens valiosos entre suas peças, tornando eles sempre candidatos aos títulos. Alguns deles são compras de mercado e colocados juntos as crias da base mostram uma boa gestão que deram bons resultados ao Imortal e buscam reerguer o Colorado em busca de dias melhores no futuro.

         As estrelas jovens são usadas de formas diferentes porque o Grêmio coloca a prova talentos de Matheus Henrique e Jean Pyerre e no seu rival a presença de Nonato, Bruno Fuchs, Dourado são peças que valem como boas substituições.  Isso influi nos preços e na visibilidade desses atletas no mercado, valores muitos dispares em relação a comparação.


 

Conclusões:

         Deste estudo simples, porém, trabalhoso em relação a transferências e disposição de jogadores valiosos na primeira divisão do Brasil, tirei algumas noções das práticas usadas para montar um elenco no país de tanta desigualdade de porte financeiro que pesa a diferença de valor de elenco que beira a 100 milhões entre o mais pobre e o mais rico.

1) Quanto mais limitados os recursos, maior a criatividade de mercado e possível busca por jogadores mais experientes em troca de retorno prático em campo e menor chances de vendas futuras, sendo um mercado de atletas vindo a custo zero ou valores baixos que tornam a somatórias dos médios não alcancem o valor do mais rico, neste caso o Flamengo (121 milhões de Euros)

2) A construção de vinculo e permanência acontecem nos médios e pequenos por fator de menor mercado e o tempo de identificação acontece. Isso não indica menor rotatividade, aponta que há mais jogadores que tem uma ligação que faz uma tendência de saída e retornos ou longas passagens como nos clubes nordestinos Sport Recife, Ceará e um exemplo do Atlético Goianiense, o meia Jorginho presente no rebaixamento e na volta a Serie A do Brasileirão.

3) A força da base aparece mais em clubes tradicionais ou estruturados porque a caça européia  a jovens atletas vitima as jóias antes de suas estréias ou a revelação ocorre com maiores intervalos que a produção dos grandes do Eixo Rio – São Paulo e a capital Gaúcha. Times da parte do meio da tabela ou concorrentes a zona do rebaixamento tem menos jovens por necessidade, os níveis de formação são piores fazendo que seu valor sejam ínfimos a vendas milionárias registradas na mídia esportiva

4) A formula bom e barato serve para a maior parte dos times que abraçam negócios fáceis e que projetam resultados modestos para que a realidade sejam justas. Grandes clubes em crise também apostam em contratações questionáveis a necessidade de economizar na folha salarial

5) O modelo dos clubes ricos no Brasil tem um conceito de tirar os melhores jogadores nacionais, exportar muitos gringos e contar anualmente com vendas precipitadas em busca de cifras altas para manter os altos salários de medalhões. O Flamengo é a exceção a regra com autonomia de apenas vender 1,2 titulares para ter um caixa considerável.

6) A seleção Brasileira ou do gringo é um fator que encabeça o aumento de preço, os jogadores mais valiosos são da Base ou titulares de seus países e com isso o que seria 1,2,4 milhões podem significar mais de 10 milhões de Euros a mais para os clubes que tem galinhas de ouro nas mãos.

7)  Os maiores compradores internos desta e de outras temporadas tem grandes aportes seja de benfeitores como o Galo, Internacional, Palmeiras ou tem gestões de respeito como Furacão, Flamengo.

                  É isso, pessoal

                        Até a próxima


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