De Olho Neles: Editorial - A educação e o problema para o futuro.

 


   Olá pessoal

  O texto não tava na pauta, entretanto a explosão de paralisações e de ameaças a cursos superiores públicos, me lembra como a mídia despreza a briga por sobrevivência do direito a educação como o pacote de medidas que se somam desde 2016 provocando crise e desmonte estadual e nacional. O status de meio para o futuro que se deixa largado no presente com as crises que não deviam existir se o projeto econômico visa-se a projeção de um pais melhor.

   O ponto de vista de quem esta tendo o curso sucateado como o projeto do Governo de SP que caminha a um futuro sombrio da USP, um estudante de Letras que viu como em 7 anos a desmontada peça por peça a estrutura de um curso que pede socorro para existir. A FFLCH sofre com a falta de professor, ameaça do mercado contra curso de Humanas que não tem viabilidade de serem "comprados" por interesses externos, como se define dentro da visão de quem esta dentro que é a entrada do capital privado na Instituição pública e que vai aos poucos querendo controlar a Universidade de São Paulo, fechar as Federais e mandar nos rumos do ensino superior brasileiro. 

    O meu argumento é simples, falta tudo para muitos cursos e sobra para uma minoria que tem apoio externo, resumindo a taxa de novos concursos que deviam vir para as humanidades e estão sendo desviadas para cursos que se tem interesse no crescimento. Falando de números, só a Letras USP deve ter um déficit  de quase 100 professores, a fala de uma representante da EACH tem o número de 110 professores para o curso de Obstetrícia e imagina a História, Geografia, Design, Ciências Sociais, Filosofia que tem seus problemas já citados nas conversas internas. Os cursos tradicionalmente favorecidos são Poli, FEA, Medicina e agora o curso de Odontologia de Bauru tem chamado atenção da reitoria e tem sido agraciado com investimento e docentes para seu curso.

   O negócio para o futuro é a situação de Barril que esta a sobrevivência das universidades públicas se não revertida com investimento, caminhamos para o fim de uma longa tradição da pesquisa das Estaduais e impedir que federais façam seu caminho. A educação paga o preço de um orçamento que é sacrificado por questões políticas e orçamentárias, o problema de uma unidade do projeto educacional brasileiro que não existe, tem Estado que é progressista por uma década e depois estraga tudo sendo privatista e negacionista, e isso replica nos problemas de hoje, não se constrói futuro com descaso com instituição federal e desmontando o aparelho público no nível superior e fingindo que investe na Educação básica. 

     O que se passa na mídia é o projeto de tornar natural a parceria de público - privado como se fosse bom, a entrega de um meio de educação gratuito e que produz ciência para um modelo utilitarista do mercado. Seja por uma possível greve, seja por ações nas esfera pública que questionam a forma como esta se tocando a educação, não são as ideias de quem vem de fora que vem salvar a colheita e sim permitir que os gritos de quem pede que a internet, jornais e sites se importem em dividir a agonia de quem estuda e está vendo os cursos acabarem enquanto o premio LED e o mercado controlar a educação.

Não há futuro se o projeto for ensinar educação financeira e não conseguir passar o básico das matérias por falta de aula no Ensino médio.

Não há futuro se a Universidade Pública for extensão dos tentáculos das grandes redes privadas e suas ideias.

Não há futuro se Educação for fonte de dinheiro para outros ministérios quando a coisa apertar. 

    É isso, pessoal 

    Até a próxima.



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