FHM #Especial: O problema dos craques da geração

                                        Olá pessoal

                        O tema de hoje é falar sobre os jogadores brasileiros na Europa e os remanescentes dos bons jogadores que jogam pelas terras tupiniquins, a tradição de ter diversos craques e esperar deles assumirem responsabilidades e protagonismo. Depois da geração dos R's (Romario, Ronaldo e Rivaldo) se sucedeu de algumas expectativas que não se cumpriram, além de inúmeros fatores extracampo que parecem impedir o sucesso de outras décadas.

               Os problemas midiáticos dos jogadores atuais representados pela acusação a Neymar, Dudu e Robinho, os jogadores famosos que além de sucesso e potencial também são alvos de polêmicas das páginas de fofoca e policial, combinado a seca de ídolos faz com que a imagem da geração seja danificada. A falta que faz o destaque de capas dos jornais europeus, apesar de vender a preços cada vez mais baixos e ainda mais para mercados estrangeiros secundários, os bons nomes que surgem não se estabelecem no mercado tendo papeis secundários ou fazendo bate volta constante para valorizar o seus passes. O fato é que as vagas de estrelas mundiais tem sido perdidas para os argentinos e outros centros que superamos de longe no passado por muito como a Croácia, Polônia, EUA, Noruega e outros, sinais de evolução e desleixo da base.

                            A soberba de outrora sobre os níveis de domínio do futebol e os nomes importantes que tivemos desde Friedenreich, Charles Miller, Pelé, Garrincha, Heleno de freitas, Reinaldo, Zico, Renato Gaucho,Mazinho, Bebeto e etc. Entender que por muito tempo eles quiseram ser o Brasil, entretanto todo mundo joga o mesmo esporte, conseguiram aprender a criar e melhorar seus jogadores com o tempo e conseguir surpreender os favoritos, hoje a competição e o nível exigido para ser um craque de seleção ou das ligas mais fortes fazem com que certos jovens que despontam não estejam preparados para ser os titulares dos grandes clubes e praticar o nível mais avançado do futebol moderno.

                            Uma das possibilidades que pode ser ventilada para justificar o "fracasso" de muitos craques que saem dos clubes brasileiros e da base para a Europa é o despreparo mental para ter opinião, conhecimento tático e o novo peso de protagonista mundial em que o pacote marketing, atletismo e alto rendimento sejam um aspecto que muito fraquejam. Olhando os exemplos de Pato, Adriano, Diego, Ganso e outros, grande prestígio por aqui, porém com picos e o fim do sonho europeu sem a curva que se esperava deles chegando nos gigantes e sendo postulantes a melhor do mundo, isso revela uma sina das últimas duas décadas que são os potenciais que não se realizam por azar ou descompasso da carreira por influência de terceiros, ganham muita grana ,mas não são os representantes do futebol idealizado pela torcida.

                    Outro ponto é que a fama subiu a cabeça com a profissionalização do jogador e empresário, os problemas de muitos jogadores seja pela má formação pessoal sem o contato com o mundo das pessoas normais ou a construção da profissão como acima dos outros, assim temos o cenário de pessoas alienadas ou até mimadas demais para uma profissão levada a sério lá fora com a questão contratual, a falta de abertura de privilégios e ninguém joga por nome como por aqui. Estou atacando a classe por inteiro, não, apenas mostrando que 1% dos jogadores que são ricos tem uma mentalidade atrasada por problemas estruturais, a incapacidade de leitura coletiva como um sindicato atuante guiado por ex jogadores e todo o comportamento que tem os craques de hoje.

                    O problema é que isso tá muito exposto com os melhores jogadores da atual seleção, a exceção de Neymar temos que Coutinho, Gabriel Jesus, Danilo, Arthur e etc tem desempenhos abaixo nos seus times, porém os números acabam por manter eles na Europa mesmo que aquém do que poderia ser um talento Brazuka brilhando no velho continente. O país do futebol não esqueceu como formar um Atleta de alto quilate, o que pega é que a cabeça ou o bolso deles é fraco, não permite tempo de adaptação e persistência em se tornar um ídolo lá com consistência e pompa, o talento ainda flui, todavia apenas isso não vai bastar no século 21.

                            É isso, pessoal

                           Até a próxima