Editorial : a liberdade de expressão e o discurso de ódio na internet

  
  
Olá, pessoal

    Hoje faremos um editorial de um tema muito em voga, o limite da liberdade de expressão e o discurso de ódio na internet que marca a dicotomia cruel da Era digital. O fluxo de informação é constante, o nível de interpretação é insuficiente gerando uma massa que opina porém não entende como as coisas acontecem e são levados pelas diversas manobras de manipulação do povo.

    O hábito do internauta comum se alterou em mais de uma década, a chegada de vez da Web na vida das pessoas que passou a ditar uma dinamicidade dos fatos e um prazo cada vez mais curto na memória. A mudança de cenário pegou a sociedade toda de surpresa e aos poucos levando a pequenos conflitos do cotidiano se tornarem problemas como foi o processo da saída da manufatura ao modo digitalizado e cada vez mais compacto que tomou os dias contemporâneos. Isso reflete no modo como nos expressamos, sempre reduzindo a complexidade e a capacidade de debate, visando atingir maior público.
      O contexto da chamada "liberdade" da terra de ninguém da rede pelos anos 2000 foi substituído por ser um grande meio de troca e utilizado em massa até pelas empresas . Neste contexto, algo que ninguém via ou repercutia se torna hoje um motivo de dor de cabeça, temos um outro senso social de preconceito e a imagem das pessoas se alteram de forma rápida, os "Chatos " da nossa atualidade são as mesma pessoas analisando tudo de uma nova ótica. Ainda mantemos nosso total direito de nos expressar e expor opiniões porém entender o filtro que permeia a nossa realidade.
      O que começou a se destacar é o ódio que antes se escondia e ainda tenta nas paginas da internet, o "reclamão" que se sente injustiçado da vida moderna não enxerga o que tá por trás do seu discurso. O senso comum e jargões carregam aspectos culturais retrógrados, ultrapassados de um outro momento social, um modo de transmissão de um pensamento ou ideologia ; o conjunto da obra é que quando certas pessoas acham que tem ideias próprias ,porém apenas são mais uma voz a reproduzir preconceitos e regras sociais como devem se vestir, se portar, se relacionar e etc. A cultura popular é importante, não descarto a utilidade da memória coletiva ,no entanto é o ponto negativo de uma propagação da tradição populares que só ganharam força nos anos de avanço da internet.
      Hoje quem faz discurso de ódio tem um nome, chama fascista, hater, ou seja escroto por natureza. Todos nós sabemos o que pode e não pode falar-se em público, se de uma forma a vigilância é militante e cega em certos aspectos, temos que considerar que o Politicamente correto da voz a uma minoria que ficava abaixo do discurso repressor ou não vamos falar de Racismo,machismo e outras fobias sociais; Começaram a dar cara a tapa e dizer-se revoltados com a "censura" social sem pensar que isso é o que eles praticavam com as minorias, "que deviam ficar no seu lugar e caladas", essa inversão mostra como no discurso de uma maioria é que mora o perigo e se os grupos sociais não lutassem pelo recuo das opressões, ai sim , o mundo continuaria chato. Afinal quem gosta de ser exprimido e ridicularizado por séculos e não fazer nada; os discursos de "limitação da liberdade de expressão" passa por uma noção errada da liberdade de opinião e  poder de botar para baixo os antigos escravos e classes pobres.
 
     Pra fechar, todo o embate que ocorre nas redes sociais é em muito a valorização da liberdade de expressão e o afloramento do ódio destilado a todos os lados, falta compreensão de texto e analise de conjuntura. A linha tênue entre jogar preconceitos na cara do outro e ter o direito de falar a sua verdade é fina, tudo depende do contexto e da consciência social que sai do próprio umbigo ao conceito de mundo amplo e caminho a entender como funciona a sociedade, buscando equilíbrio e respeito entre as pessoas.

2 Cabeças viajantes, 26/12 

´É isso, meus caros
até a próxima



 

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