FHM #186: O desequilíbrio natural

 


Olá pessoal

O tema de hoje é falar do futebol brasileiro que após a Copa do Mundo de clubes tem escancarado um problema grave que é lidar com o fato de que há um grande desequilíbrio natural e que não somos tão diferentes dos europeus ou africanos/arábicos.  O discurso clássico de que há 10 candidatos ao título e que sempre se tem disputa durante o campeonato, o orgulho da gangorra natural de sair de ameaçado de rebaixamento a top 5 do Brasileirão de um ano para o outro ser um chamariz de que as possibilidades são múltiplas de emoção.

O meu argumento é que as vagas para o super mundial da FIFA colocam um ponto de questionamento pois, a lista de clubes no Brasil hoje que podem ganhar uma libertadores da américa, jogar bem o suficiente para estar na competição internacional continental é bem curta para se pensar com calma: Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Cruzeiro, Bahia, Atlético MG. Destacando que ser avaliado como campeão da liberta depende de investimento, então ter mais SAFs que associativos faz sentido, os grandes ainda sem investidores externos estão claramente em crise financeira vide Corinthians, Fluminense, São Paulo, Vasco, Grêmio e Santos.

O conceito de haver um top 6 óbvio, além de agora a realidade do futebol financeiramente inflacionado torna inviável que a curto prazo esse times sejam capazes de bater aqueles que ganharam as últimas libertadores, ressalta o sentido deste texto é que está criando um peso na balança que vai colocar uma previsibilidade de campeões se baseando no domínio econômico e na incapacidade da futura liga de igualar ganhos seja com o Flamengo exigindo sempre a maior cota e o Corinthians quebrado forçando contratos injustos. O exemplo é o crescimento das equipes menores como foi o Tottenham, Newcastle, Nottingham Forest, Everton e Crystal Palace que só é possível porque a grana vai para todo mundo e de forma proporcional, permite contratações e equilíbrio de campeonato; O que o movimento da LIBRA e do Forte Futebol é criar distâncias na elite e ignorar as divisões mais baixas como sempre.

A perspectiva é ver se os clubes que ficaram para trás é reagir ou morrer, seja por um plano de pagamento de dívidas e modernização do futebol ou recorrer a um modelo SAF para poder gastar o mesmo que os favoritos todo ano, o ecossistema se sustenta com essas surpresas, entretanto o custo delas é que seja instável e ao que parece, caminhamos para a estabilidade pois quem domina o dinheiro não pretende distribui-los a todo como um ato de bondade. Seja por vontade própria ou por ser empurrado para baixo, perceber que o abismo está mais próximo é o destino de quem achar que investir em apenas uma temporada boa e depois recuperar o prejuízo econômico não deverá funcionar tanto.

É isso, pessoal

Até a próxima.



 

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