Histórias pra contar #7 : Capítulo 7 - Espelho por Marcelo Oliveira



            Olá pessoal 

        Chegamos ao Capítulo 7, mais uma parte do nossa história do semestre que é Litinho Por Marcelo Oliveira , um nome provisório, como sempre deixarei as partes anteriores para quem quiser conferir o começo e o desenrolar da trama. 

 Leia os outros capítulos: 


  1. Parte 1 : https://goo.gl/MU26P3
  2. Parte 2 : https://goo.gl/BM9JRm 
  3. Parte 3 : https://goo.gl/rnw7uf
  4. Parte 4 : https://goo.gl/d8sxaq
  5. Parte 5 : https://goo.gl/3YYs74
  6. Parte 6 : https://bit.ly/2LuyJTe

 
Fonte - Jogo : Resident Evil

Capítulo 7 - Espelho 


    O ser humano é por si só algo trágico. Desfruta de sensações em comum uns com os outros como a dor, a alegria, a tristeza, a raiva, o ódio, o amor... Mas possui ao mesmo tempo, dentro de si, a individualidade da existência e a singularidade desse sentir: nunca conheceremos, de fato, as sensações de outrem, mas apenas teremos um aproximante do que julgamos entender pelas nossas próprias experiências.  "Cada coração é um universo e ainda tem que bombear o sangue". A problemática se dá quando, nas relações, esses gestos se mesclam; se fundem; se confundem: Eu matei por amor, eu escondi por receio, ninguém sabe o que eu sofri ou o que carrego dentro do peito! Por isso, estimado leitor, mire bem para o centro do alvo, pois hoje ele será um frágil e ornamentado espelho.

— E você tem coragem de vir a minha casa, num momento destes, com qual intuito?
— Eu não tive a intenção. Fiquei assustada com a situação. Havia chegado a pouco na cidade, por indicação de meu tio,  para a vaga de professora. Quando entrei no gabinete me deparei com o vereador debruçado sobre a escrivaninha, Dona Cristina.
— E então saiu a curiar o que tinha por sobre a mesa? 
—Foi um impulso. Quando entendi o que tinha ocorrido eu não atinei direito... E no meio da confusão acabei não conseguindo lhe falar.
— Quem mais leu o bilhete, Magnólia? 
— Ninguém além de mim. E peço desculpas pela impulsividade, mas há algo nessa história que acho que devo lhe contar. 
 — E o que você acha que tem a me dizer, menina? O que você tem a dizer sobre essa tragédia? 
 — O filho do vereador, mencionado no bilhete, está vivo. Eu sei. Confirmei. Sou de Canafístula. A mãe chegou prenha lá no meu vilarejo. Vinda daqui. Minha dinda quem fez o parto. O menino sobreviveu. 
— Sobreviveu? E você quer que eu acredite nessa história?  Como tu tem a ousadia de me desferir tais impropérios? 
— Ele está vivo! Recebeu o nome de Manoel Francisco. O mesmo nome do...
— Mesmo nome do irmão caçula de Reginaldo que falecera ainda criança. Isso não é novidade pra ninguém.
— Dona... Eu juro por meu padrinho padin Ciço. O menino recebeu até o mesmo apelido : Litinho. 
— O que você quer de mim? Dinheiro? Acha que pode me chantagear? Menina ousada.
— Não. Eu só queria ajud...
— Ajudar? Ajudar quem destruiu a minha vida, ajudar quem destruiu a vida de quem eu amo? Reginaldo  também me deixou e também me deixou com um filho. O que você pensou? Que eu iria em socorro desse menino? Mesmo que esse disparate seja verdade eu não tenho interesse, não tenciono em hipótese alguma fazer absolutamente nada por ele. A partir de agora eu irei apenas fazer algo por mim! E PELO MEU FILHO! E você, Magnólia... Se quiseres de fato esse emprego na escola, se quiseres de fato continuar a morar nessa cidade eu acho melhor que pare com essa história e desapareça com esse seu pequeno leech.

   Continua no próximo capítulo... 

   É isso, pessoal 

   Até a próxima



     

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