Resenha 2 Cabeças: Folklore(2020) - Taylor Swift


 

                     Olá pessoal 

               O tema da nossa resenha de agosto é o álbum da estrela Pop Norte Americana Taylor Swift que diferente dos outros trabalhos anteriores apresentou uma proposta intimista e Folk para a surpresa dos fãs,as Eras tão expansivas com projetos visuais incríveis deram uma pausa para um CD sóbrio focado em letras e melodias que reiteram o poder de composição e construção de uma narrativa interessante.

             O "Folklore" contém 16 música e na sua versão Deluxe tem a faixa bônus "The Lake",o seu lançamentos nas plataformas digitais incluíram  Spotify, Deezer e Youtube, as influências beiram uma mistura de experiências pessoais com uma jornada de uma personagem que tem início, meio e fim a partir da interpretação de títulos e letras. No sentido de crítica, a recepção é boa após um mês do sua chegada ao mercado, a imprensa predominantemente tem uma boa visão do disco e o público no Metacritic tem uma ampla vantagem de avaliações positivas as poucas que o consideraram ruim. 

            Produzido por uma equipe de peso, a intenção foi clara em chegar a um produto final diferente, a inteligência e versatilidade da Norte Americana em tomar as rédeas deste trabalho com um olhar diferente e sem muito marketing emplacar um dos álbuns do ano sem o mesmo investimento de ERA's como 1989, Reputation e Red.

                 Iniciando a analise mais subjetiva, o momento não poderia ser mais propício para um álbum Pop puxado no Folk em meio a quarentena e a busca por um som para relaxar, aproveitar o momento longe das batidas aceleradas do Mercado das divas. No bom momento da Disco, a cantora vem na contramão e acerta na qualidade de produzir dentro da sua especialidade entre as suas inspirações do passado Folk/country e a experiência na sonoridade mais pop sem sair do tom ameno e pessoal. 

                As emoções variam muito conforme a 1 hora de duração deste álbum, as primeiras faixas trazem as mágoas, a solidão de relacionamentos que caem numa leve melancolia; Do meio do caminho, a sensação é outra com um tom mais animado, uma tentativa do recomeço e os problemas de se aventurar amorosamente; a parte final tem o tom nostálgico com a avaliação definitiva da história com um leve tom de ressentimento. A principal faixa da primeira parte do "Folklore" é "Cardigan" sendo single de estreia, carregada de simbologia tem o impacto de contar uma desilusão; No meio do caminho, a faixa mais interessante é "Mad Woman" com ares de revolta, contestação do papel no relacionamento e na visão masculina; No final, "Hoax" fecha com uma imagem forte e um discurso firme sobre arrependimentos e certezas sobre "ele". 

            O poder de síntese e profundidade que as letras desse trabalho são admiráveis, usando metáforas e alusões para te guiar na jornada emocional que revela uma larga experiência em erros, aprendizados e ressentimentos. Características de bons discos, a mensagem se revela como um quebra cabeça composto por 16 canções, o tom de mais melancolia, expectativa, raiva, aceitação vão colocando um rosto, um coração e mãos calejadas de tantas tentativas que vão sendo narradas durante  a execução do "Folklore".  

            Uma das boas surpresas desse ano nebuloso, o clima do álbum é um misto de sensações conhecidas e uma viagem que é gostosa ao longo mais de uma hora, da visão de quem não entende as letras tem uma sonoridade pop de coração quentinho e para quem tem contexto, surpreende com a intensidade suprimida em canções tão suaves. 

                  É isso, pessoal 

                  Até a próxima 



       

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