A Educação no Chile Precisa Melhorar Ainda Mais


AH, minha vez de postar ;) (de novo) mas dessa vez estou me empenhando, prometo!

Aposto que vocês pensaram que eu vou escrever sobre a suposta venda da Motorolla à Google (hello, my google!) mas não irei! RÁ enganei a todos!


O negócio é o seguinte, o Chile tá numa revolta louca criada por estudantes e pessoas da Classe média (baixa) há alguns dias para melhorias na educação pública. Muitos já estão comparando essa revolta àquela outra que aconteceu a cerca de 40 anos quando Augusto Pinochet ainda estava no poder.

O Chile tem uma tradição nacional de pressão das massas contra a opressão do povo (eu me arrisco a dizer que o Brasil também tinha essa tradição, mas que se perdeu com o tempo por algum motivo ou culpa). Na época da ditadura de Pinochet pessoas saiam às ruas para protestar igual aconteceu algumas vezes na época da ditadura militar brasileira.

E dessa vez o que mais aflige os ânimos da galera é a educação. Não só por ser uma educação ruim (mas melhor que a nossa), mas também pela falta de capacidade de aceitação dos alunos no ensino superior. Lá acontece uma coisa que acontecia muito no Brasil: Não existem muitas faculdades ou universidades públicas e de boa qualidade no país obrigando a imensa massa de pessoas a se arriscarem nas universidades particulares. O grande problema é que o público, tal como classe média, não tem poder aquisitivo para pagar tais faculdades, é como uma bola de neve de dívidas que cresce a cada nova mensalidade dentro dos bolsos das famílias. É quase como proibir o acesso às universidades, porque não há incentivos e alguns até diriam que há um desincentivo!



Uma das bombas que fazem com que ensino superior privado seja algo penoso aos bolsos chilenos é que, embora a constituição diga que é terminantemente proibido lucros com o ensino superior, as instituições dão-se um jeito de conseguir o dinheiro como, por exemplo, o método de locação de espaço para faculdade que pertence a alguma entidade ligada à instituição de ensino, então a instituição é obrigada a pagar um preço altíssimo pela locação e repassar esse preço aos alunos, mas na verdade esse preço altíssimo é estabelecido entre instituição e entidade para se ter lucros.

NO Chile não existem todas as facilidades que o Brasil tem na hora de entrar em uma faculdade, e olha que aqui no Brasil já é bem HARD entrar numa faculdade. O ministro da educação chileno estava tentando levar o nosso Prouni para lá e ia nos visitar para ver como funcionava, mas acabou caindo antes disso, ainda no meio dos protestos.

Lá estudantes sabem o que quer e correm atrás disso, mas aqui todo mundo esqueceu o que é brigar por seus ideais. Só para deixar algo pensativo pairando no ar: A nossa UNE (união nacional dos estudantes) consegue organizar algo do tipo, ou será que a UNE só serve para pagar-se meia na entrada do cinema? Nossa educação é pior que a deles e reclamamos menos que eles.

Fontes:

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/08/10/chile-das-passeatas-estudantis-a-revolucao-da-classe-media.jhtm

http://cbn.globoradio.globo.com/colunas/missao-aluno/MISSAO-ALUNO.htm


Blyter


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