FHM #144: As consequências da pausa do esporte


 

                           Olá pessoal 

              O tema de hoje é o futebol apresentado pós retorno em plena pandemia, alvo de críticas ou debates torna um ciclo sem fim de defesas a questão física e a "obrigação" de jogar bola mesmo ficando parado ou treinando limitadamente por muito tempo.  Reflexo de uma lógica esportiva, a cobrança tá acima da média para uma situação que nem o especialistas conseguem produzir um consenso sobre o impacto real de uma parada longa e forçada. 

                 A jornada esportiva retomada em agosto, a volta de todo o circuito de imprensa, clubes e jogadores tem um ponto muito diferente sobre como o mito de só jogar caiu no nível dos profissionais: a questão do ritmo, a força física, a distância da bola por 3 meses colocou a qualidade lá embaixo e entre outros fatores. A causa de demissão de pelo menos alguns técnicos das principais divisões, a dificuldade de jogar ou impor estilos construtivos pela falta que faz a condição ideal de resistência e trato com a bola, basta olhar a avaliação pesada que tem caído no colo dos cascudos e novatos treinadores que tem empregado de um todo para fazer seu times jogarem e sofrem com a irregularidade dos atletas que hora conseguem produzir e hora fazem um deserto de ideias que deixam pobre o resultado em campo. 

              A fisiologia é um ponto importante para a discussão, os dados sobre todos os jogadores e como isso tá reagindo ao sprint tão apertado de jogos com uma massa muscular que passou por diferentes experiências e tem gerado ou não, lesões musculares em certa recorrência. Dados primários começaram na Europa com diversos machucados no Camp. Alemão, o retorno da Champions League no Super oito de Lisboa foi marcado por desfalques constantes por problemas físicos; Chegando no Brasil tem uma mescla de casos de Covid-19 com o vai vem de jogadores ao DM com destaque para a contusão de Guerreiro que deve ficar mais de 6 meses fora, perdendo a temporada. De modo geral, um dos grandes problemas dos clubes ao redor do mundo é conseguir contar com seu elenco inteiro com a tendência de estourar fisicamente muito rápido a maioria dos seus titulares sob a maratona que virou o calendários nacionais. 

                O modo mais simples de analisar toda essa situação é que existem e desvantagens, times que tiveram estrutura e tempo desempenharam futebol melhor ao início, a falta de ritmo e fôlego tem atrapalhado times que tem jogado mal por estas influências globais. As diferenças entre grandes e pequenos, a falta de grana reflete em mais jogadores jovens e menos medalhões colocando no patamar abaixo uma disputa entre os times, ampliando a desigualdade esportiva seja qual for a liga do mundo. O momento é que o mais rico leva vantagem até a parte que se desenvolve com o trabalho de bola em campo. 

                 Aumentando a lupa sobre a questão, clubes com técnicos melhores ou mais experientes tem levado a melhor sobre a gestão de partidas mais longas da Era VAR como também sabe usar melhor o rodízio de 2 substituições. A temporada vai ser atípica até que seja restaurada a normalidade, é perceptível que a rotina regrada do protocolo e das ausências de torcidas façam o ritmo cair mesmo que se diga sobre o esporte acontecer independentemente dos problemas do mundo. 

                No ponto mais profundo, ninguém costuma ter um futebol brilhante no Brasil, não temos o nosso Klopp, Guardiola ou Zidane por motivos muitos intrínsecos ao cenário nacional. O que vem gerando reclamação é que o show que é ruim para a audiência, tem se tornando pior com a pausa que ressaltou quem era ruim e tirou do ritmo quem ainda produz com qualidade dentro dos grandes clubes, diversos técnicos que já não prometiam espetáculos caíram por não produzir o necessário para fazer os seus pontinhos nos Estaduais e no Brasileirão.  

               A vida pós pausa é um problema difícil de resolver pois o futebol de hoje tem tantos fatores para chegar na ponta onde temos bons jogos. Partes técnicas e físicas foram abaladas com um fato inédito que é tempo quase triplicado de parada de um ano normal, botando atletas abaixo no aspecto fisiológico e que isso reflete no desempenho geral que poderia ser melhor se a dificuldade de superar os problemas de lesão e de rendimentos não fossem tão constantes. Técnicos perderam a cabeça, jogadores os empregos e a situação dos times é uma gangorra. 

                  É isso, pessoal  

                  Até a próxima 



 

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