Só #Musica aqui : O Indie E As Oportunidades Divergentes.
Olá , caros amigos
Estreando uma coluna musical chamada Só Musica aqui , não vai ser tocado por mim mas por Gabriel Lino dono da pagina A garagem . O tema principal dele é indie mas vai falar de musica em geral e feitas as apresentações vamos ao 1° texto dele .
O Indie E As Oportunidades Divergentes.
Se a o cenário da
música independente se tornou mais viável para todos, não há
dúvidas. Mas para dizer se a cena está repleta de qualidade é
necessário ir mais a fundo.
A independência musical se tornou o caminho mais viável para os artistas que tem um trabalho a mostrar. E principalmente numa época onde tudo falta – dinheiro, tempo, reconhecimento – o prático se reinventou no ‘indie’.
A independência musical se tornou o caminho mais viável para os artistas que tem um trabalho a mostrar. E principalmente numa época onde tudo falta – dinheiro, tempo, reconhecimento – o prático se reinventou no ‘indie’.
Uma câmera amadora, um microfone simples e um computador barato
vieram a ser os principais meios de manifestação musical dos que
não tem recursos.
“Mas nem só de mau equipamento viverá o indie”, já diziam as gravadoras. O cenário ficou tão bem valorizado e comercializado – graças à valorização do diferente – , que o passatempo novo das grandes empresas virou focar nas guitarras simples e nos vocais desleixados e mal compreendidos.
“Mas nem só de mau equipamento viverá o indie”, já diziam as gravadoras. O cenário ficou tão bem valorizado e comercializado – graças à valorização do diferente – , que o passatempo novo das grandes empresas virou focar nas guitarras simples e nos vocais desleixados e mal compreendidos.
É com essa mudança de foco que o indie deixa de ser apenas uma
“cena independente” e se torna um estilo musical difundido em
pequenas partículas que passeiam do rock n roll básico ao
exotérico/psicodélico.
Graças ao modismo musical, a “nova
cena” virou o centro da idolatria juvenil atual, MAS isso não tira
o mérito e talento que o estilo acarreta e trás durante os anos de
estrada. A prova disso são bandas de som gostoso e bem estruturado
que trazem nas costas o peso de representar todo um modo de pensar
em música. Kaiser Chiefs, The xx, The Strokes, Arcade Fire, The
Killers e outras bandas mais, trazem consigo não só o nome de um
modo de fazer música, mas toda uma reinvenção do escutar e
avaliar. Seja ela de modo modista e displicente, ou bem argumentado e
coerente. Cito o modo de avaliar porque é de extrema importância e
também notável – por culpa dos próprios ouvintes – a tendência
do ouvir e gostar por estar inserido num contexto cultural de um
grupo, e não por ser agradável aos ouvidos. E é nisso que o indie
ganha massa. O peso cultural que o independente impõe ao ouvinte é
tão intenso, que o “desgostar” se torna sinônimo de mau gosto,
ignorância e até surdez. Perguntas como: “Não acredito que você
não gosta. Não ta ouvindo essa voz? Essa guitarra maravilhosa?”
são tão freqüentes e absurdas como gritar com alguém por não
gostar de algo agridoce. A supervalorização do independente o
desvaloriza. Perde-se o gosto em ouvir algo de um cenário com muita
coisa para mostrar, pela imposição.
Em apenas uma pincelada
vemos as divergências da independência que de um lado traz – as
vezes sim, as vezes não – boa música, e de outro que traz o mal
estar de criticar.
O maravilhoso do indie, é a possibilidade
de escutar o ‘novo’ todos os dias. Um novo modo de cantar e tocar
que não é convencional. Até mesmo o meio nacional sofre, hoje, uma
intervenção “indista”, sejam elas adaptadas aos ritmos
brasileiros ou não. A diversidade brasileira junto à diversidade
que a nova cena traz, resulta em artistas criativos como Cícero,
Malu Magalhães, Medulla, Vivendo do Ócio, que quando chegam aos
ouvidos são recebidos com no mínimo uma interrogação que dá
lugar a uma oportunidade de conhecer o diferente. A graça do
polêmico “indie” é justamente a surpresa do diferente, ser bom
em sua expansão de diversidade.
Se voltarmos ao primeiro
questionamento: “É bom? Vale a Pena? É realmente isso tudo?”, a
única resposta é: Ouça o que dizem ser tão diferente e tire as
próprias conclusões, porque a complexidade que essa música
diferente traz é simplesmente confusa. É tão cheia de coisas boas
e ruins, que a única resposta totalmente segura é: Vá, e ouça
por si mesmo.
Gabriel Lino
Editado por miyoshi_niceguy
Comentários
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Se expressem , gritem , cornetem , comentem
Grato , blog 2 cabeças viajantes