#CulturaPop n°3 : Sarahah e verdades inconvenientes

 

    Olá, meus amigos 

    O tema é o sucesso do aplicativo Sarahah e as verdades inconvenientes, o mundo tem sido um lugar que as pessoas se escondem nos simulacros de realidade, tipo a internet. O ponto é que a imagem e conservação de uma mascara social chegou ao ponto que a sinceridade tem que ser feita via uma rede social de postagem anônima, afinal cadê o olho no olho e coragem de dizer as coisas necessárias para continuar se relacionando? 


  O evitar de conversas importantes parece reforçar o sentido de escapismo aguçado que temos na nossa juventude, a geração que chega hoje aos 30 ou menos tem uma dificuldade cabal de expor a verdade. Pessoas se arriscam menos nesses tempos e agora com mais brinquedos tecnológicos para se distrair, o que as pessoas não querem sentir as consequências da seus atos como falar fatos inconvenientes que ajudariam pessoas a sua volta. No contexto, nós estamos mais longe da nossa humanidade e empatia e mais perto da automação.

   Os tempos de anonimato e de redes sociais fizeram com que as pessoas se reservem e exponham na mesma medida, as emissões de opinião são cada vez mais filtradas e selecionadas como se todos tivessem assessores que cuidassem de suas imagens. Pode ser isso o fator do sucesso do Sarahah  seja a necessidade de expressar-se e principalmente sobre pessoas próximas e que gostariam de ter mais intimidade, a distância tem sido um ponto no qual, o público usa tantos aplicativos como caminho para chegar nas outras. 

   No fundo, toda a questão do Sarahah tem a ver com uma geração de jovens que fala sobre tudo, desde que tenha audiência porém não diz o que realmente sente e acomoda no conforto da distância segura. Todos tem o domínio da Net mas sabe o que isso gera é uma ideia falsa de proximidade e que cada vez mais caminhamos sós e continuam produzindo memes, triste futuro onde a depressão e ansiedade farão parte da rotina. 

É isso, meus amigos, até a próxima 

   

confira :

A nossa necessidade de aparecer para o mundo

Um sujeito frio e calculista