#CulturaPop n°9 : a função social dos artistas
O tema de hoje fala sobre artistas em geral e a questão filosófica de existir uma função social para estes que nos entretém seja na TV, Cantando, atuando e por ai vai. Nos tempos contemporâneos, as imagens são fortes elementos e as ações sociais realmente são motivadas por consciência ou puro marketing positivo/ imposição de contrato, até onde vai a noção de humanidade numa categoria de egos inflados e altos valores financeiros ?
A função social é o retorno, solidariedade, a beneficência que alguém que ganha muito ou tem influência recoloca a sociedade que o elevou a tal posto. O ponto é que o pensamento egoísta faz com as pessoas serem cegas ao modo de empatia e utilização da imagem para ações que não lhe dê vantagens, o modo como as pessoas ditas famosas atualmente agem parece complexo de inocência ou indiferença .
Existe o setor que ainda sabe usar o seu papel na inclusão e na luta política, uma minoria que por experiência ainda tem vontade de causar transformação. O contexto é com que a crise político social, forçou a revelar quem é quem dentro da classe artística : os indiferentes e os que se importam, política é um tema difícil porém se posicionar parece uma necessidade frente a um governo pouco democrático.
O contraponto disso é a sensação de aversão política de alguns que não comentam ou se não se comprometem por medo de reação pública ; Daí meu ponto em relação a ações sociais que são puro marketing, servem de apoio midiático porém os artistas fariam se não fossem convidados. Será que por uma camiseta de uma campanha, dizer umas boas palavras de um texto escrito por alguém faz ela uma pessoa humana e solidária ou é só na frente de uma câmera?
No Brasil, há casos e casos de atores, cantores, famosos , que tem realmente algum senso de realidade e projetos para ajudar as pessoas porém não dá para falar que é uma classe que se mobiliza pelo povo. Tem que ter uma analise para ver se a solidariedade não é para a pose da foto ou uma dedicação real a cuidar do próximo, artistas que ganha muito as vezes se prende mesmo a vida badalada e esquece que de onde saiu tem a pobreza que impede, os outros de crescer. Num país tão desigual, parece que a ajuda é seletiva e depende se tiver alguém para registrar.
É isso, pessoal
abraços e até amanhã
