Leitura no Brasil : Clássicos, romances e uma pitada de preconceito.

     


        Olá pessoal

         O tema de hoje é literatura, continuando o assunto da leitura como um cenário para falar sobre o hábito cultural e os percalços das pessoas, trazendo a questão da disputa do espaço do clássico e do contemporâneo nas prateleiras das livrarias e sebos. O modo como o preconceito social envolve a introdução da prática de ler e torna desinteressante para a pessoa comum seguir consumindo livros no geral.

        O mercado de livros se sustenta e até melhor que em outras épocas por ser uma retomada da importância destas obras para os jovens. A grande problemática disso é a mentalidade do ensino que renega o valor de títulos recentes ou de autores desconhecidos para apenas ressaltar os clássicos, que são por vezes difíceis para um leitor experientes, como o único caminho para aprender algo com a literatura. Existe de fato a abordagem que ler certos clássicos com o estudo de períodos históricos ajude a entender, como também a necessidade para os vestibulares mas restringir o direito da escolha de uma leitura mais simples pelo rotulo de menor valor cultural é quase um estigma elitista da coisa.

       A situação de analfabetismo funcional explica muito da dificuldade de entendimento e como cobrar clássicos e limitar a "boa" literatura a eles é tóxico para o grupos de leitores iniciantes. O fato que se observa é que as pessoas evitarem ler ou comprar livros se dá pelo afastamento que o tratamento utilizado com com os jovens e os adultos principalmente,  por até um tempo atrás colocar num pedestal a leitura, afinal quem trabalha o dia inteiro não tem tempo de ler ou é coisa de "Letrado" como se fosse de outro mundo ter acesso a um livro e tem que ser de um grande autor. A somatória disso é gente ignorante que Não gosta de ler ou tem preguiça perdendo para a TV ou internet. 
    
      A briga entre romances atuais, autoajuda e biografias com os clássicos que todos devem ler é uma realidade dura, onde quando os poucos que leem ficam com o julgamento social do abrir um livro em público ou na roda de conversa com um título mais pop e que é menos valorizado. Essa rixa de alta cultura contra os livros de hoje com nichos e públicos foi plantada pelo ensino tradicional e professores antiquados de literatura, o hábito de taxar os livros com selo de melhor ou pior, descartável ou essencial, faz com que as pessoas tenham um certo receio de entrar num território novo que são os diversos tipos de obras e seus leitores. Tornar a coisa mais palpável seja o caminho de pessoas que gostem de ler. 

      Quando criamos um leitor, o objetivo é alguém que escolha o momento de aproveitar os livros no momento certo sejam eles clássico ou romances atuais, não limitar a escolha dele por ter que ser culta ou de "Bom gosto". O processo de escolher um título e colocar um tempo para consumir aquela obra, aprender com ela e ter prazer neste hábito, que pode ser massificado se apresentado direito a todos com uma boa educação. 

    É isso, pessoal 
    Até a próxima 

   

Comentários

confira :

Um sujeito frio e calculista

A nossa necessidade de aparecer para o mundo