Crônica da semana: O último abraço



                                   Olá pessoal

                     O tema de hoje é a despedida, semana marcada por algumas inesperadas na faculdade que estudo, que me inspirou em criar esse texto sobre o ato que marca o adeus ou um até breve. Os amores vãos, as pessoas vão e o que fica é a lembrança do último momento, o mundo naquele instante para e registra o sentimento de partidas e saudade.

                      Era tarde de junho, batia as 5 da tarde, tive o último abraço dela que foi a despedida do sonho, da expectativa e da vida que eu sei que neguei naquele dia. Ela com seus olhos cheios de vida, uma pequena pessoa em sua cintura e uma visita que foi a derradeira do momento de conexão de energia e amor; Naquele dia recuperei minha visão de futuro enquanto fechava as portas para algo que viraria minha cabeça: família e apego continuo, deste abraços que concordo do 12° doutor - "Nunca confio em abraços, é só uma maneira de esconder o rosto", o implícito daquela conversa encerrada a porta da casa é que eu não iria mais voltar para lá pois não propus atravessar a linha que divide o conforto amigo do companheiro de amor. 


                      Outros modos de descrever isso é entender que um simples gesto na hora da saída pode ser o último com um simpático "Boa noite" "feliz ano novo" "até breve" ou um beijo jogado ao ar, aceno gentil, um sorriso podem ser a marca definitiva da pessoa na sua memória. Perdemos professores e alunos na FFLCH numa semana triste, o que mais me abalo é sentido da imagem viva de um professor fumante na frente do prédio com a simpatia inesperada, uma pessoa que nunca vi ,mas entristece pelo tom de voz da pessoa que fala em tom embargado num áudio de Whatsapp e da repetição do trabalho do luto, dos pêsames e da ronda da morte no local. 


                       O que é mais simbólico de tudo é entender que o último ato da pessoa, nunca vai ser calculado como tanta a saudade que fica no peito, fica na memória, o instante de adeus. Trabalhamos para viver, esquecer a mortalidade e ser as melhores pessoas possíveis para que o restar imaterialmente seja a mensagem não necessariamente positiva, mas impactante do modo que causemos felicidade, sorriso ou simpatia no final das contas. 

                      Para fechar o texto menos triste, lembremos que ainda há tempo de abraçar, falar e fazer muito pelo mundo, Carpe diem como eles dizem. Valorize as pessoas que ama e convive agora, não pela pressa ou receio de perder, para aproveitar a maior qualidade do tempo que ele não é preciso tampouco facilmente medido, certo momentos parecem eternos e o dia a dia parece voar entre nossas mãos 

                      É isso, pessoal 
                     Até a próxima 
                     Descanse em Paz: Mori 




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