CulturaPop em analise #50: Representatividade infantil na mídia



                              Olá pessoal 

                      O tema do mês é falar sobre as crianças, mais especificamente a questão de publicidade e da atuação dentro da TV e Cinema que dita um tipo de visão sobre infância. O sonho de botar os filhos em foco das câmeras e o processo de acelerar um desenvolvimento por uma régua que não é justa, nem todos nascem com talento e disposição para o artístico ou realizar frustrações dos pais. 

                       A aspiração por ser uma estrela mirim não é o desejo geral da criação de pais em todo o Brasil, ganha contornos de contos de fada com a possibilidade de crescimento econômico vender o filho para a TV e ter melhores condições para criar os outros. A renovação da nova geração que é talentosa, sabe dançar, cantar e interpretar é a ilusão que a mídia precisa para cativar o espectador, por outro lado temos que boa parte destas experiências geram mais frustrações nas famílias que retorno social e financeiro. 

                       A TV explora dois caminhos para mostrar uma criança: a criança perfeita que é "bonita" serve para fazer séries e novelas e a pobre sem oportunidade que mora no barraco e faz por necessidade o seu canto, dança ou até luta como uma forma de driblar a falta de oportunidade que é fadada pelas condições que vive. Esses quadros dividem a situação em dois momentos distintos como o contrato caro e o barato que impactam de formas bem diferentes a realidade das crianças. 

                       Ainda acredito no orgânico de pequenos que tem impulso natural para a coisa do artista, por isso temos um mundo de olheiros em agências e produtoras para ver quem consegue chegar lá. O que me irrita no contexto de hoje é gente que ilude o filho(a) para algo que ele não necessariamente tem talento e depois cria uma frustração para vida inteira por uma carreira que nunca esteve na mão dele. 

                        O mercado que tem feito os olhos do público infantil brilhar é a coisa nova do youtube, a chance de fazer conteúdo de mesma idade com essas coisas bobas que geram muitos visualizações. Grandes canais para crianças ou executados por crianças tomam alguns lugares entre os top 50 Brasil, é um caminho perigoso afinal se nem jovens tem capacidade de lidar com os comentários e buzz que gera em redes sociais, imagina crianças e pais que tem pouca capacitação em administrar uma vida real, imagina uma dupla com necessidade de retro alimentar por anos. 

                        No próximo texto, vamos abordar exemplos de sucesso e fracasso na representação das crianças,  os casos de pessoas que se perderam e os que conseguiram tocar suas carreiras sem danos a sua saúde mental e física. 

                         É isso, pessoal 
                         Até a próxima 


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