FHM #125: A coragem consciente de Jorge Jesus



                              Olá pessoal 

                     O tema de hoje é o Flamengo, líder com vantagem no Brasileirão e semifinalista da Libertadores, tem a volta contra o Grêmio em jogo aberto no Maracanã hoje 23/10. Vamos analisar a diferença da gestão de time do Portuga J. Jesus - o mister - para os outros técnicos brasileiros, o seu concorrente estrangeiro Jorge Sampaoli segue com respaldo ,mas sofrendo com um elenco limitado. 

                      O Mengão vem voando sobre a batuta do português, a variedade do conhecimento Europeu tem sobre o estagnado temor defensivo e pragmático jogo ofensivo tem feito que a diferença fique clara. A soma de bons valores de experiência no futebol do velho mundo e boas peças nacionais são a mescla que turbinou a escolha de Jesus que precisava de um bom trabalho para voltar o topo de treinadores mundial, multicampeão Português tem na projeção com o Fla a chance de retornar em bom time ou seleção. 

                     O estilo ofensivo e motivador tem um toque de classe que tem animado o elenco, os jogadores de experiência conseguem entrar na proposta de uma coragem para atacar e com uma estrutura que faz que o time não seja exposto de forma desnecessária. O modo de ocupação de espaço com a consciência tática de três peças em especial: Rafinha, Filipe Luis e Gerson equilibram o setor defensivo com toda bagagem que tem por anos de Europa, algo sintomático que diz sobre as poucas chances de revés que até agora, o time tem enfrentado. 

                  O fator mais visível de desnível entre ele e o argentino Sampaoli é a capacidade em manter o adversário acuado e a firmeza da sua retaguarda, vira e mexe o Santos perde o tom defensivo, é o risco calculado que falha e torna-se em resultados negativos. A coragem ou loucura é o traço comum dos dois, mas a estrutura geral torna eles em pé de desigualdade, o técnico do Santos é ousado, entretanto Jesus é ofensivo e consciente do seu risco a ponto de controla-lo. 

                   Na régua com os outros técnicos Brasileiros, apenas Renato Gaúcho ou Tiago Nunes tem algum ponto de comparação ofensiva ou construção de jogo. O deserto de ideias com técnicos brucutus ou tapa buracos, jovens treinadores de índole defensiva ou reativa parecem bons nomes que acabam por acumular bons e maus trabalhos no país, temos lampejos de Roger Machado, Fernando Diniz (em partes) que acabam por cair por impaciência cartolesca. 

                  Jorge Jesus, o mister, não é algo tão diferente no mundo do futebol, é apenas uma representação de atraso técnico de formação de "Professores" que se curvam a situação de rotatividade e imediatismo Brasileiro. Caso a cultura mudasse e tivéssemos técnicos de temporadas inteiras e projetos a longo prazo teríamos mais técnicos ofensivos e revoluções técnicas por visão de futuro, o que temos hoje é apenas alguns que veem o presente e a necessidade de vencer a qualquer custo, todas as divisões e campeonatos vão ter técnicos caindo rodada a rodada pela necessidade de proteção de diretorias e ineficácia de gestão. 

                      É isso, pessoal 
                      Até a próxima 

   

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