Resenha 2 cabeças: Toy Story 4 (2019)



                                    Olá pessoal 

                      O tema de hoje é falar sobre mais uma franquia de sucesso, Toy Story que representa a geração de sucessos da Pixar, o quarto filme retoma do final do antecessor de 2010. A jornada de crescimento continua com a transição de Andy a Bonnie, colocando decisões importantes frente a Woody e a noção de missão cumprida, boas alternativas e um aparente fechamento do clássico como conhecemos. 

                      O foco deste filme é a jornada emocional do passado de Woody, a chance de trazer certos sensações de volta e a perda da sua função social como o gatilho de questionamento. A nostalgia é elemento muito claro da retomada da franquia, a continuação da história dos amigos e sua turma de brinquedos que ganham vida que tem pequenas adições de personagens e cenários, tema que é bem explorado com os flashbacks e a aprofundamento de certas relações pouco exploradas. 

                      A ideia que enreda essa história vem do desconforto da passagem do tempo, ao fã mais velho que viu o longa pode sentir o protagonista se sentido perdido ou deslocado no cenário da nova criança. A passagem de bastão, neste caso a estrela de xerife, é uma forma de entender que podemos tomar novos rumos quando a função que nos prendia a algum lugar, são os nossos personagens de referência de infância/adolescência que representam estes papéis de jovem adultos decidindo seguir outros caminhos e a separação inevitável. 

                     A essência de aventura de brinquedos no mundo real continua a mesma, a arte de criar movimentos e raciocínios para que os personagens subam, desçam dentro do cenário valoriza a animação. A atmosfera lúdica toma conta de um roteiro muito emocional, transitando entre dilemas que apresentam a dúvida e o medo, seguir em frente é a opção que aparece representada na Betty e como a obrigação de estar em algum lugar nos coloca em cheque sobre o que queremos. 

                  O trabalho de direção de Josh Cooley, roteiro de Andrew Stanton e Stephany Folson mais a equipe de criação resulta num produto que funciona para todas as gerações, a primeira do meio dos anos 90 e a que descobriu recentemente na retomada no filme de 2010. Os detalhes dos bastidores como relatados nos vídeos do Omelete, a série sobre o longa que falamos no texto mostram o cuidado de criar em cima de algo tão cristalizado, as motivações e o lapidar de uma ideia nova dentro da franquia, a valorização do sensorial em cada personagem e do texto que ele tem. 

                     Muitos não gostaram do final, como natural a algo que passa a seu crivo pessoal, penso que é algo corajoso que tem a ver com a mensagem da franquia como um todo sobre crescer e o brinquedo como o suporte emocional infantil ou até mais crescido. Quem nunca percebeu que certo ambiente era muito limitado a seu modo de pensar, por exemplo: um trabalho, um grupo de amigos ou uma cidade podem ficar pequenas para nós; a presença de alguém consegue alterar e iluminar outras vocações nossas e isso não deve ser olhado com maus olhos pelos fãs. 

                     Isso é um fim, do mundo que conhecemos podemos dizer que sim, porém para outros spin offs é a abertura de perspectivas com novas narrativas. O ciclo se fecha com 2 filmes para cada,  Woody e Buzz lightyear protagonizaram suas aventuras mundo afora e o que pode acontecer é o protagonismo da Jessie com a Bonnie, os caminhos separados  entre eles é como uma verdade que a vida ensina: Melhores amigos tomam direções diversas e continuam sendo amigos na sua maturidade e na distância que parece não mudar nada. 

                       É isso, pessoal 
                      Até a próxima 

 

                        

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