Especial Letras USP - ano 3: Saúde mental e mudanças



                                       Olá pessoal 

                      O último texto do ano vai ser sobre a crônica do terceiro ano da faculdade (5° e 6° Semestres) que foi duro e cheio de detalhes novos para relatar sobre a vida acadêmica e o caos da vida pessoal. O assunto principal é ressaltar a importância da saúde mental no meio coletivo onde a pressão esta por todo lado e isso gera mudanças nas pessoas. 

                       O ponto mais forte a citar que foi um ano que marca quem vai até o fim e aquele que percebe que não é exatamente o que esta procurando. O terceiro ano do curso marca a metade do caminho e o desespero do veterano, depois desse tempo e muitos trabalhos, aulas boas e chatas e etc acaba por perder um pouco do ânimo para viver, desta divisória existe o tipo "quero me formar" e o cara que descobre que gosta de estudar e que faz uma IC, grupos de estudos, monitoria e mais. 

                        Enfim surtei, depois de mais de dois anos, chegou aquele momento que você perde a cabeça e manda as coisas para o cacete: Perdi um pouco o foco e uns contatos por uma noite infeliz de raiva, muita raiva. A vida acadêmica me sobrecarregou em algum ponto que eu não tinha tempo para cuidar do corpo e da mente, dai veio a dor que chegou a um nível de stress que faz o sujeito budista enlouquecer por umas semanas. 

                       O ponto da saúde mental é perceber que existe um grupo heterogêneo de pessoas que sofre de doenças e maus parecidos, a depressão e a ansiedade aparecem em conversas triviais, tanto outros diagnósticos como Borderline, dissociação de personalidade e outros. A necessidade de suporte, empatia entre pessoas neurodivergentes com comportamentos variáveis, ausências por uso de remédios ou troca deles, crises em pleno dia que precisam de atenção dos outros. 

                       O outro desgaste da temporada, a política interna da faculdade, as campanhas com os lados da mesma moeda ( a esquerda tem domínio no território), os grupos tem nomes diferentes com ideias muitos parecidas ou completamente fora da realidade. Tenho amigos neste face da cotidiano, tem boas histórias e são legais, tem convicções políticas que concordo ou não, me mantive forte em continuar pensando da mesma forma apesar de apoiar e ser um companheiro nessas semanas de trabalho para tentar eleger suas chapas. O resumo da ópera é o despertar da inocência, as vezes é bom não saber, agora que eu entendo é mais tentar separar as coisas no dia a dia ( Café, conversas avulsas e piadas internas). 

                      As notas tiveram altos e baixos, o ano da novidade com a primeira DP e trancamento forçado por professor pau no cu. O 1° Semestre eu quase morri, matéria que devia ser trancada e não feito, fez com que eu tirasse a minha nota mais baixo da vida e por outro lado conhecer bons professores para o futuro; O 2° semestre foi mais calmo, feito para consertar coisas e readaptações como se socializar com pessoas diferentes, reaprender a andar como na música do deadfish. 

                     Estar vivo é lidar com crises, tive que cuidar das pessoas pois a presença de alguém, a falta de um remédio, uma situação pesada com o terapeuta, qualquer coisa pode afetar uma pessoas com problemas psicológicos. Inclusive eu com os ataques de ansiedade, fiquei ao lado de pessoas que eu gosto nos bons e nos dias de crise de choro, de travar socialmente, de raiva e você assumir o papel de proteção dela por um momento seja presente ou conversando. A posição de indiferença não pode acontecer quando as pessoas estão sofrendo dentro da faculdade, o números de eventos relacionados a isso é gigante, fatais ou não são complicados de lidar. 

                     O que esta por vir é duro, mas olhando para trás, eu sobrevivi a cada coisa que a universidade pública nos coloca como a pressão e a insensatez de professores, a estrutura que vai sendo precarizada, decisões que só pioram a perspectiva dos próximos anos. A USP tá longe de ser perfeita, entretanto tem muito que agradecer a chance de estudar num lugar com comida garantida, alguns professores incríveis, eventos interessantes e etc. 

                     Por último, o espanhol é o legado deste anos com a descoberta de algo novo, foram dois anos com professores diferentes, convivendo com uma turma que se acostumou a estar junta. Para o John, Paula que tiveram a tarefa de passar a gramática, fazer malabarismo para o pessoal entender e não sumir das aulas, aguenta o sono, muita gratidão em fazer a habilitação ser legal para pessoas como eu que cai de paraquedas no rolê. 

                      É isso, pessoal 
                      Até a próxima 

 

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