CulturaPop em analise #55: O efeito Petra Costa

                                  Olá pessoal 

                        O tema de hoje é a questão do ódio disferido ao documentário "Democracia em vertigem" da jovem diretora Petra Costa, a indicação ao Oscar deveria ser visto como um orgulho do cinema nacional como indústria que produz reflexão e entretenimento. Entretanto o governo fez propaganda negativa, a base de apoiadores tentou criar um ambiente negativo para a presença da Brasileira na categoria de melhor Documentário. 

                        A grande situação é a narração da própria diretora sobre os fatos que são registrados, o período do Impeachment de Dilma Roussef que é o conhecido golpe de 2016, sobre a discordância da leitura histórica gerou uma polarização tão grande que é um sinal de como o discurso "nós ou eles" tem sido amplificado no governo Biroliro que gera inimigos espontâneos, uma pessoa que usou a liberdade de expressão para expor um ponto de vista como todo bom documentário cria uma narrativa sobre a realidade, em tempos de cólera criamos o ódio ao diferente e ao outro lado da história. 

                      O ponto sobre imparcialidade, invalidação por excesso do eu nesta leitura política ou acusar de manipulação para uma verdade que muitos concordam é só mais um ponto de "birra" da extrema direita nacional e os partidos que ganharam com a situação. O golpe não é uma falácia, meios internacionais concordaram em suspeita sobre o processo como o histerismo do momento e os aspectos sociais como machismo, sentimentos antinacionais e ignorância política que envolveram mais uma interrupção de mandato. Nenhuma narrativa é imparcial ,todos tem objetivo de mostrar, convencer ou registrar algo que ocorreu para outra pessoa e o ponto secundário é que esse tipo de filme de público menor e que seleciona que assiste, apenas ficou marcado por certo o tal do doc "Mentiroso" dito até por Jornalistas que ressentem a quebra da narrativa imposta por eles. 

                        O contraponto é a produção do MBL sobre sua origem, a visão sobre o mesmo período que busca justificar as suas ações e um "ar" de culpa por derrubar e eleger o atual presidente (Relação que foi o uso da popularidade do movimento e consequente traição para favorecimento dos militares e amigos olavete, resultando na implosão do PSL). Este Doc não ganhou o mesmo barulho e nem foi julgada, virou ponto de análise política para os jornais e ressalta como existem inúmeros fatores para entender que este caso é um inflação de egos contra a esquerda, a direita pode falar o que quiser ou apenas omitir o golpe proteja as pessoas de um linchamento. 

                       Caímos nos mesmos debates de Esquerda x Direita, o antipetismo tá ai e o mito da esquerda/PT ficam sendo reforçados em meio a um trabalho de recorte social que representa a massa de 53% de 2014 e como pessoas a favor do Partido no processo suspeito da época. Disto ainda adiciono o poder do Machismo que tenta calar a voz de uma mulher em defender um ponto e uma Presidenta que foi destruída pela crítica e entretanto foi inocentada; A radicalidade das pessoas de 2016 e dos atuais apoiadores do governo faz essa fumaça sobre a escolha para uma categoria menor do prêmio da Academia. 

                    O efeito Petra Costa é reacender uma pauta que os moderados da Direita e o militantes do governo queriam ter enterrado de vez. o lado positivo é valorizar esse mercado que é muito bom para o Brasil que é documentário, em tantas situações sem voz no Brasil a produção é grande falando de Instituições como o MST, retratos como o Marighela, a fala dos garotos da ocupações "Lute como uma menina", as leituras sociais pela música, cinema e outras artes.  

                       O mundo ainda é plural, diferentes opiniões tem voz e que certas posições repetidas como "De esquerda" "Comunista" tentam reprimir uma convivência natural e saudável de ideias sobre diversos segmentos como cinema, TV e Jornalismo que sofrem com a correção do governo "conservador e de família", movimentos fascistas de um governo que não se esconde. 

                         É isso, pessoal 

                         Até a próxima