Música & História #1: Pagode



                           Olá pessoal 

                     O tema da nossa primeira edição é falar sobre o gênero de sucesso recente, emergente dos anos 80 e 90 com uma nova onda retomada no fim da década de 10, o pagode tem origens no Rio de Janeiro e ligação forte com o Samba que sempre foi marca dos subúrbios cariocas, tons da brasilidade que marca a construção da música popular.

                         A história do Pagode é o desdobramento de festas de fundo de quintal, adicionando elementos novos as rodas de samba tradicionais como o Tantã, Repique de Mão, Cavaquinho, criando primeiramente um subgênero que evoluiu para um espaço próprio para o momento que se diferenciou em harmonia, letras e clima das canções (Mais alegre e festivo que o clássico vindo das décadas anteriores).  A existência de ambos é intrínseca ao hábito de fazer música que é representativa do local onde nasceu, a narrativa do Samba como resistência cultural do pessoal afastado do centro, negro e de origens africanas; O potencial do entretenimento do Pagode com músicas mais alegres, misturando em outros elementos eletrônicos, pop e cantando o amor feito para dançar que contagiou o país inteiro. 

                       Distinguimos dois momentos até aqui, a origem no fim dos anos 70 com o apadrinhamento de Beth Carvalho com os primeiros nomes do estilo: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Almir Guineto e o Fundo de Quintal. O sucesso veio naturalmente com as regravações de sambistas e começando a escalar o alcance das músicas, desenvolvendo o que nos acostumamos na batida mais rápida e das letras populares que são a Marca dos grande hits radiofônicos, afinal quem nunca ficou com um pagodinho na cabeça depois de ouvir umas poucas vezes.No segundo momento é o que vem sendo chamado de Pagode 90 com o surgimentos dos grupos como Art Popular, Molejo, Só pra contrariar, Os morenos, Karametade e muito mais; A influência de artistas internacionais dos anos 70,80 com as batidas eletrônicas, pegada pop que era muito forte no mercado, disso explodiu as vendas e tornando umas marcas do anos 90 com o jeito Brasileiro de fazer dançar. 

                        O sucesso do gênero musical reflete momentos que a vendagem era alta como o fim do vinis e começo dos CD's, dá para imaginar como o fenômeno de duas décadas distintas tem alcance popular afinal o publico alvo é massivo com as letras românticas e da realidade das pessoas. A indústria fonográfica vivia o melhor período em que os artistas ganhavam por Álbum e o patamar de Disco de ouro, Platina era bem mais alto pois tudo vendia como água, disso temos o comparativo com hoje e como migramos para o streaming musicais e outros parâmetros de sucesso fonográfico. 

                     Aprofundando mais as origens, o termo Pagode vem de festas nos quilombos, senzalas e da Religião de matriz africana, algo que se reproduziu no hábito de fazer música em casa e introduzindo estes elementos locais que se diferenciou do samba raiz, entretanto mantendo quem produzia esses sons, os nomes que fazem sucesso cantando e tocando são negros, suburbanos, relacionados a essa comunidade que o pagode movimenta em todos os lugares. O que não podemos é esquecer a origem e o perfil de quem renova e mantém o mercado cada vez mais forte, não elitizar o acesso a esses shows com o andar da carruagem. 

                    Os artistas atuais que são os nomes mais fortes continuam representando a história do gênero, quem escuta rádio sabe o que fez o grupo Revelação, Exaltasamba Belo, Alexandre Pires, Jeito Moleque foram importantes nas paradas musicais. A geração de vocalistas como Thiaguinho, Pericles, Xande de Pilares, Suel, Ferrugem estando em carreira solo ou não compõem a relevância do gênero que tem quase 50 anos e muito fôlego. 

Links úteis e referência

                    É isso, pessoal 
                   Até a próxima 




                        
                 

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