Crônica da semana: O sol ainda brilha por aqui



                                   Olá pessoal 

                        O tema da semana é falar sobre otimismo em tempos de crise, a vida de algum modo tem dado sinal que podemos reagir a situação com integração e senso de humanidade. Longe do clichê de afirmar o lado mais bondoso dos homens, o propósito é comentar da capacidade social de organização que chega em poucas pessoas ,mas afetam milhares. 

               A internet tem seu potencial de multiplicação, a construção da narrativa de isolamento social que acompanhou o surto como primeira fase, a hiper produtividade como segunda e agora tenta emplacar o senso coletivo como a leitura deste momento da quarentena. A necessidade de gerar um clima menos desesperador com a incidência a longo prazo da doença é algo que a mídia sentiu e as redes tem amplificado com a divulgação de diversas ações de anônimos e artistas. O mundo tem buscado a solução científica e prática para lidar com o tempo longe da rotina externa, o povo tem a questão de segurança como algo primordial. 
                      
                 O trabalho solidário é um aspecto que existe intermitente a pobreza dos lugares, poucos olham pela dor do outro e são responsáveis pela mudança do cenário. As pessoas aumentam o foco em momentos que eles querem ver o efeito dessas ações para sentir que a sociedade é menos egoísta do que de fato é, a ajuda humanitária é um pequeno contraponto da grande maquina de exploração que gera a favela, o campo de refugiados e a fome na rua. Em tempo de Covid 19 temos que é conivente bater palma para voluntários alimentando as famílias nas favelas e os moradores de rua, é difícil admitir que existe uma grande invisibilidade do "sujo" e do "marginal". 

                      Tirando tudo isso, temos que a vida se tornou melhor pois o mínimo foi feito em amenizar relações humanas e criar o tom de amizade em vez de polarização. O medo da morte e do fim do mundo torna todo mundo em um plano de igualdade, a visão se torna mais terna em relação ao em torno seja o vizinho, a família ou os colegas, tipo de situação que a distância cria e que acaba na primeira treta. É hora de curtir o momento que esquecemos da diferença por um tempo, ser amigo do vizinho, conhecer pessoas do Bairro e dar valor aos reais companheiros, seja eterno enquanto durar o isolamento social. 

                      Acreditar que neste momento tenso surgirão boas iniciativas que durem para além de uma crise de saúde e social, enfim adversidades escolhem pessoas que tem capacidade para novas vocações sociais. A crise econômica vem depois que voltarmos as ruas e se for branda vai custar a cabeças de poucos trabalhadores, novos tempos que exigirão parte da união que temos feito com a ajuda dos mais necessitados como ONG's, empresas sociais e a simples doação constante que alimenta muitas bocas com o básico. Ai sim veremos se o Brasileiro gosta de ajudar ou prefere marketing pessoal em rede social. 

                      O título do texto é otimista, tentei manter a projeção positiva com todos os defeitos possíveis, ou seja, um pessimista reformado (risos internos). O futuro é incerto, mas eu vejo que sinais que as coisas melhoraram e as pessoas serão diferentes do ponto que o mundo caminhava. Mesmo que ainda estaremos sobre uma nuvem cheia de chuva, o Sol vai brilhar para melhorar os dias no meio do caminho. 

                       É isso, pessoal 
                       Até a próxima 

 

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