Resenhas 2 cabeças: Aves de Rapina (2020)



                                  Olá pessoal 

                      Hoje é dia de comentar um filme recente e que ainda esta se divulgando agora no streaming, o título é "Aves de Rapina e a fantabulosa emancipação da tal Arlequina " que é mais fácil chamar de Aves de Rapina. O filme solo da Arlequina com o time de heroínas das DC foi a aposta para o começo do ano na fase nova de filmes desconectados e espíritos independentes para contar tramas diferentes nos cinemas. 

                       A proposta do filme é mostrar uma aventura solo da vilã que vem de um projeto ruim que é "Esquadrão Suicida", o salto de qualidade vem com a construção temática alinhada na narrativa e visual feitos para um longa que propõem cores, bom humor e ação compilados em quase duas horas.  A base vem da perspectiva da protagonista em relação a formação do grupo clássico do universo DC, Aves de Rapina, que combinam personagens de diversos quadrinhos nessas aventuras contra a criminalidade. 

                    As peculiaridades se tornam o forte da adaptação, desde a forma de apresentar personagens, as cenas de luta e a conclusão dos problemas. O modo como ele te surpreende ao retratar tudo no âmbito do lúdico e do sem noção para fugir do estereótipos de heróis, mulheres e ação intensa sem a demarcação do olhar machista, ao sair da caixinha temos um produto que é interessante sem cair nas armadilhas que os filmes do gênero tem caído como as cenas desnecessárias em "Homem de Ferro 2" com a Viuva Negra, Mulher maravilha em "Liga da Justiça" e a própria Arlequina em "Esquadrão Suicida."

                      O mundo em que se desenvolve o longa é mais pé no chão, uma Gotham que trabalha no cotidiano sem a presença dos grandes heróis, que colabora para o lado mais despretensioso de aventuras contra o vilão criminoso na eterna disputa pelo poder na cidade de origem do homem morcego. O caminho escolhido é flutuar nas tramas de cada uma e na igual situação de busca de espaço na sua função e na vida, as mulheres tem o sua jornada de aprendizado esbarrando em adversários que parecem banais, mas são recorrentes na tentativa de sucesso delas como a falta de reconhecimento, validação a partir de um homem e o cansaço da diminuição do seu sucesso. 

                     O filme é divertido, busca na essência da personagem para fazer a montagem de uma narrativa que pode parecer confusa, mas é a cabeça da Arlequina que é meio louca. O mais legal de tudo é criar um entretenimento que funciona separado de qualquer cânone e outras produções, o ritmo te pega entre boas surras e risadas em uma linha do tempo psicológica até o seu arco final. Não leve a sério, a mágica do longa é ser essa mistura de personagens caminhando para estar juntos em algum momento e resolvendo a parada. 

                 O lado técnico tem pontos positivos e poucos negativos, a construção de Gotham cheia de pequenos detalhes e gerando um aspecto atual, colorido de um lugar descrito como sombrio e violento no cânone do Morcegão. Um  mérito que carrega bem a narrativa e torna agradável a companhia durante todo tempo, servindo de cenário para lutas que convencem que estas personagens são Badass no que estão fazendo e contraponto é o roteiro que por mais que divertido e ideia original tem pequenos furos que o crítico/público mais atento pode achar inconsistente. 

               Destacar que a atuação do grupo de protagonistas funciona bem, o vilão é suficiente para a proposta de humor e ação e o tom acerta muito ao não prometer algo maior que se entrega. Longe da genialidade e se aproximando do gostosinho da Sessão da Tarde, temos um nota 7 com louvor que passeia entre o filme de herói de apresentação e a comédia feita no texto do fora da caixa, seus pequenos defeitos podem ser notados ,mas aos olhos do geral vai passar como uma boas surpresas do ano de poucos lançamentos pelos problemas com pandemia. 

                       É isso, pessoal 
                      Até a próxima 

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