Culturapop em analise #67: TV à youtube é o que tem para agora

 

                      Olá pessoal 

               O tema de hoje é a TV em tempos de distanciamento social, as produções tem muitas adaptações para conseguir dar segurança aos trabalhadores das emissoras e lidar com ausências de público e aglomerações dentro do estúdio remediando com os elementos da tecnologia a situação. Sob um olhar atento temos que isso aproxima ao trabalho feito por criadores independentes como youtubers, cineastas de curtas e movimentos sociais. 

         A questão de improviso em casa, as limitações de não conseguir produzir a ilusão da TV e a simplificação de um roteiro de programas que não tem mais a liberdade de viajar e fazer grandiosos takes ao vivo. O processo de aprender a ter em mãos estúdios vazios e que não dá para disfarçar isso, além de perceber que as reprises são realidade, fazem com que este momento seja especial em criatividade ou empatia com o público como o fato de diversos programas rodarem da casa dos apresentadores. Os fatos colocaram uma aproximação forte com o cotidiano de um youtuber seja na sua eficiência ou nas falhas, aprender a rodar uma cena de ângulos bonitos da sua casa ou construir um cenário simples para ser fundo de vídeo. 

           O mundo de hoje é conectado, assim a tecnologia uniu as distâncias entre pessoas e criou boas pautas frias para entreter o público entediado em casa. As salas de reunião viraram uma necessidade, a interação lado a lado foi adiada e a solução foi trazer a dinâmica formal que as falas alternadas e a dificuldade de conexão trazem com qualquer pessoa falando de outro ponto do planeta. Em algum ponto foi bom rever pessoas que não falam na TV aparecerem de suas casas por tempo livre forçado e darem suas opiniões sobre diversos assuntos mas, não é o modo ideal que gostamos de ver nossos ídolos e especialistas tão distantes. 

             A retomada de programas de grande audiência tem desafiado tanto os produtores como o público em aceitar novas regras, a montagem sempre incluí uma matéria de arquivo e as adaptações de merchans a distância regulamentar de um metro e meio, somados a pouco conteúdo novo que se consegue produzir. O acesso aos artistas ficou mais fácil, sem shows e com pouca divulgação temos uma chuva de artistas no auge até os mais esquecidos aparecendo para cantar e conversar com seu público televisivo. 

           Pessoalmente não reclamo do que tem disponível na TV Aberta, alguns programas de auditório reinventados, programas esportivos que conseguiram se manter no ar e muitos filmes, parece fim de ano com tanto blockbuster passando na tela dia após dia.  Entendo as críticas da programação padrão que a gente tem na maioria das emissoras como excesso de shows religiosos e policiais nas horas nobres, novelas repetidas e jornais mais carregados do que nunca, entretanto o esforço da primeira linha em criar algo novo em tempos que podia se abdicar de fazer esses programas até o ano que vem com vacinas e liberações de auditório cheio que é a cara do Brasil. 

                 É isso, pessoal 

                Até a próxima  

 

  

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