FHM #142: A procura do técnico estrangeiro
Olá pessoal
O tema de hoje é a busca pelo treinador estrangeiro perfeito para seu time, bom humor a parte temos que depois de certa estagnação do futebol de resultado temos os poucos exemplos de sucesso valorizando o passe do treinador Sul americano e Europeu numa safra menos vencedoras de técnicos brasileiros. A vida de ser treinador em terras tupiniquins, sofre com a necessidade de conseguir sucesso em tempo muito curto e isso muitas vezes é difícil com inúmeros fatores de barreira desde a qualidade de jogadores, ego de empresários e bagunça estrutural.
A realidade é que existia um vazio de desenvolvimento tático até o incomodo dos medalhões Brasileiros, sentados em cima de uma rotação que intercalava os nomes de Felipão, Luxemburgo, Cuca, Marcelo Oliveira, Carille, Renato Gaúcho e etc nos clubes grandes e com bons pagamentos. O ponto é que depois de 2014 e sua tragédia, entendemos que o mínimo da culpa é de se acostumar a ganhar com futebol burocrático que funcionava a partir de ótimos jogadores produzidos, mais que ser revelador é ter que saber montar times que usem do melhor da tática, treinamentos e condicionamento mental, longe de querer reinventar a bola mas, construir times variados que ataquem e defendam bem.
Nesta temporada temos o resultado com alguns poucos nomes que vinham construindo como Roger Machado, Tiago Nunes, Fernando Diniz, Antonio Carlos Zago, Renato Gaúcho, Rogerio Ceni e outros que esbarraram na alta cobrança que existe e o fator tempo diminuindo pois se o mínimo para avaliar e derrubar alguém no resto do mundo possa ser uma temporada, aqui temos a sensação de urgência de que apenas meses possam ser a medida de um trabalho e seu resultado final. A falta de paciência devia ser revista como a idolatração de qualquer gringo que estabeleça um ano bom aqui seja colocado como o melhor do país, isso exige um balanceamento da mídia para que as torcidas parem de achar que tem demitir alguém por 15 jogos mal disputados.
Há muita qualidade e trabalhos ao redor do mundo, imaginar que a barreira da língua e da cultura futebolística sejam impossíveis de ultrapassar é muito ceticismo dos dirigentes. O problema deles é apostar em que vai ter pelo menos seis meses para começar a implantar seu estilo de jogo e fazer assim resultados em campo, parece que vivemos no extremo de colocar o pedestal para o técnico estrangeiro ou observa-lo com enorme descrédito mesmo com títulos continentais ou trabalhos bem feitos em times destacados.
O mundo da bola é cheio de pequenas surpresas, isso torna-o menos previsível e agradável de assistir, e faz parte dele o fato de dar chance para nomes desconhecidos. O mal que anda afetando o mercado em geral no Brasil é o conservadorismo seja contratando gringos ou Brasileiros, os casos de Sampaoli, Jesus são iguais pela certeza de resultados, foram vencedores em algum momento da carreira, e no Brasil quem tem algum resultado forte tem emprego garantido como o bom ano de Renato Gaúcho, os anos retrancados de Carille, Mano e Tite, o passado de Luxemburgo e outros casos. A apostas em outros nomes com menos "grife" poderia ser um refresco real as partidas burocráticas e discursos repetidos, nomes do interior como Paulo Roberto, Ricardo Catalá, Felipe Conceição, Miguel Angel Ramirez, Guto Ferreira e outros que sem muito holofote podem render bons times e títulos.
A solução não é a nacionalidade, e sim a escolha feita pensada no que o clube tem a disposição e o que o nome tem para trabalhar, erro comum é pedir futebol vistoso de treinador defensivo e reconhecido por isso, além de criar expectativas altas num iniciante e naturalmente se decepcionar com ele. Criar projeto e foco esportivo faria que a discussão fosse sobre qualidade e tempo de trabalho, não sobre quem dá mais retorno se é o produto da casa ou o estudados do futebol moderno europeu, nisso uma polêmica para lá de vazia.
É isso, pessoal
Até a próxima
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Grato , blog 2 cabeças viajantes