Jogador 2 cabeças: Entendendo o Free Fire e o sucesso do Mobile

                       Olá pessoal 

               O tema de hoje é falar do novo universo dos games que tem o perfil do Século 21, o crescimento do mobile tem gerado incomodo do público mais conservador que sempre rejeitou jogos de PC e agora tem a concorrência dos celulares como meio de jogar seja solo ou em grupo. A vida dos consoles é muito mais resolvida com as disputas internas, o mercado do mobile segue uma batida diferente focado em experiência em jogos e potência que tem levado muito mais jovens a consumir seu tempo com o aparelho na mão do que correr atrás de elitização dos preços de Microsoft, Playstation e Nintendo. 

             A questão é afirmar que a nova geração chegando, vendas em alta desde sempre e o sucesso dos remakes dão uma vida longa aos jogadores tradicionais, o ponto do texto é valorizar esse nicho que tem muito potencial, Celulares e Tablets são mais acessíveis as pessoas do que os tradicionais Playstation, Xbox e Switch, isso faz com que a diversão fique nas pontas dos dedos com as mais famosas franquias até desenvolvedoras novas com sistemas interessantes e espaço para E-Sports. Do sucesso de Battle Royale Free Fire, COD e Fortnite com seus ports até a reprodução de simuladores e RPG's temos um leque de opções amplos para quem tem acesso a Play Store, Apple Store e utiliza emuladores, os jovens mais pobres e a geração ligada em Smartphones rendem lucros com o volume jogado e as micro transições. 

             Falando do maior jogo original de plataforma Mobile, Garena Free Fire tem um aspecto inicial de cópia ou inspiração em PUBG (Player's Uknown Battleground) para depois ter muita personalidade e migrar naturalmente para um grande torneio competitivo, atrair jovens para a modalidade como pro players, além de mover uma grande massa. Por mais que merecesse todo respeito, a discriminação por conta da maioria da faixa etária formada por crianças e adolescentes tanto quanto pelo destaque frente a outras grandes jogos alimenta um certo grau de ressentimento do jogador Hardcore que se julga acima de todos pois tem um console caro, um controle e o "biscoito" dos jogos mais badalados disponíveis, a necessidade de estar por cima.  Haters a parte, o processo de evolução da Garena é impressionante sendo dinâmica nas mudanças das temporadas, versões constantemente atualizadas e atender o que seu público pede, mais que uma simples moda tem um efeito de estabelecimento no terreno que é só dela por enquanto, 

             O FF(Free Fire) é bem simples, roda em quase todo tipo de aparelho basta conectar a internet e tem uma proposta de diversão democrática que é atirar nos outros que é o nível mais básico, vai além com cenário táticos enormes e uma variedade enorme de armas para diversos estilos de jogador: o sniper, o sobrevivente, o franco atirador, o noob, o zé carrinho e etc.  Os mapas são Bermuda, Kalahari ,segundo modo mais comum é Contra Squad que tem suas partidas ranqueadas e os demais modos itinerantes semanais; Um triunfo são as salas personalizadas que permitem eventos fechados, treinamentos e até partidas mais relaxadas entre amigos. 

            A liberdade de jogar solo, duo ou Squad torna ainda mais aberto para o público decidir por um caminho que atenda suas necessidades, vide eu que gosta de jogar sozinho ou jogando com pessoas aleatórias no CS, amigos que jogam em dupla visando a melhora e bons rankings e os times que se formam seja em grupos,  Guildas ou equipes profissionais que tem a elaboração de tática, comunicação e jogadas de alto nível. 

             O momento é o mais favorável para a Garena, mantendo-se na grade da TV Fechada e ainda com a parceria recente com La Casa de Papel da Netflix mostra um gás para se manter firme na liderança dos Shooters para celular. A LBFF tem atraído bastante audiência, uma equipe de transmissão forte com destaque para a Camilota, indicada ao prêmio E-Sports Brasil, com três divisões e marcas grandes entrando no circuito que tem competitividade como consequência do Corinthians campeão Mundial com Nobru e Cerol. Em condições ideais é um produto muito bem executado, jogos rápidos e mortes precisas que conseguem quebrar a paciência do camper safado. 

             Voltando ao Mobile, o investimento asiático em aparelhos especializados combinados com RPG'S e Jogos de corrida com estruturas de respeito com gráficos, personagem estilizados e multiplayer simultâneos. O avanço de pequenos jogos infantis com uma limitada narrativa para uma longa listas de sucessos como PES e FIFA, Mario, Sonic, FM, Angry Birds, COD e etc, o fato que tem muitos títulos que se antes exclusivos se renderam a busca por ação e tiro dentro dos bons celulares. 

                A questão do acesso, a facilidade de comprar o smartphone e ele se tornar o ponto de entretenimento do jovem para jogar pelas opções amplas e de gêneros diferentes, isso é um modo novo de distribuir pela quantidade de jogadores e a questão de micro transações vendendo cosméticos como roupas, skills e personagens. Fazer graça ou diminuir o poder de jogos que atendem smartphones é uma forma de preconceito ou ressentimento com outras pessoas terem mais direito a se chamar de gamer por possuir um gadget comum e não mais a necessidade de um grande investimento num console famoso e jogos caros, como uma ostentação. 

              Para terminar, Gamer é qualquer um que joga e tem noção do que tá jogando seja lá qual for o jogo, existindo desde o profissional, o casual e o pessoal das pontas como a criança viciada em FF ou a senhora que domina Candy Crush. Abra a cabeça pois quando as gerações avançarem e mais gente não poder comprar uma maquina para chamar de sua, vai ser você que vai depender do Mobile, do Jogo em nuvem ou até em PC, o jogo pode virar. 

                 É isso, pessoal 

                Até a próxima 




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