Música & História: Ritmos Brasileiros, o universo Pt 3

                          Olá pessoal 

                 O tema de hoje é focalizar nossa série de textos no Rio de Janeiro, foi centro cultural de impacto no século 19 e 20, tendo a base para a origem da música de elite e popular ao mesmo tempo. O sudeste tem São Paulo com suas interpretações de inúmeros gêneros, Minas Gerais com um aspecto histórico porém nenhum ritmo autoral emplacado e além do Espírito Santo que é o Estado mais discreto da região com pouca influência. 

              Vamos começar falando do Samba, adotado pelo Estado com o conteúdo popular vindo do Morro com a resistência racial que marca as letras até hoje. Importante como identidade de um povo que é a minoria de uma sociedade recém escravocrata, as rodas de Samba como o Samba Enredo são modos de produzir culturalmente de porte quase nacional. A origem Afrobrasileira  reforças as raízes que estão representadas com o sucesso até hoje como um símbolo não tomado pelos brancos do Brasil. 

             Citaremos o Chorinho que remete ao tempo do Império, anterior ao ritmo citado anteriormente tem aspecto de tradição longa de bailes e que se adaptou com o tempo para a sua presença forte nas festas populares e também com a relação com a música erudita. A variedade de artistas que se encaixou nesse gênero que repete a origem cultural mistas com a base no Lundu, colocando muito instrumentos locais que dão a cara das músicas até hoje que fica no meio do caminho entre o fino e o popular. 

              Pagode, subgênero que ganhou um espaço tão grande que consegue ser um braço diferente da glamourização do Sambista, abraçando o espírito festeiro e romântico tem uma base muito pé no chão de público que se identifica com o jeito coletivo e alegre de executar essa festa que se separa da aura triste e foca na diversão. A personalidade do Cavaco, Pandeiro e percussão como a alma deste som que toca mais na rádio e tem um nicho renovado com fôlego que deve durar muito mais décadas. 

         Uma lembrança de um movimento que merece algum reconhecimento, a música Black do Rio tem um período fortíssimo ligado a luta política, somado a uma geração muito incrível de artistas que deixaram suas marcas. O termo envolve desde o Charme, Soul, Funk e outros que fizeram uma cena baseada em influências Norte Americanas que fizeram o público ir ao delírio com a efervescência cultural que são momentos raros na história. 

              Indo no caminho da Elitização temos a tal da Bossa Nova que vendeu o produto cultural que resiste até hoje no seu minimalismo e tom estético de arte, retratando um tom existencial que envolve a aura dos seus grandes artistas. O valor real e histórico do gênero é gigante, entretanto é uma visão muito de uma classe alta sobre o que deve ser a música popular que vai na contramão de um pensamento já instalado pelas massas. 

             O último parágrafo focado no Funk, os bailes do século 21 tem no Paredão e a gigantesca aglomeração de jovens que dançam a partir do batidão que teve diversas fases até o domínio  do Kondzilla entre os maiores artistas. Passeando entre os subgêneros Melody, Pop, Proibidão, Ostentação, 150 BPM e Internacional, todos eles com diferentes gerações que reafirmam o sucesso de jeitos diversos de explorar as batidas com letras que tratam de assuntos variados. 

               É isso, pessoal 

               Até a próxima 




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