FHM #145: futebol sem projeto

                              Olá pessoal 

                    O tema de hoje é o problema mais recorrente dos clubes, a falta de um projeto marca a troca constante de treinadores e a incapacidade de manter um estilo definitivo de jogo para mais de uma temporada. O Brasil de 20 tem tempos atípicos com jogos piores do que o esperado para o Brasileirão além de não aproveitar a vantagem sobre o rivais Sulamericanos que ficaram mais parados do que nós. 

                  A vida de analista esportivo no Brasil é dura, times que não cumprem nem a expectativa e de fatos caminham para decisões sem sentido, terra do inesperado que por um lado é bom, pelo outro é o terror de apostadores e investidores. O peso de ser um um lugar competitivo por baixo, todos podem disputar e os rótulos de favorito e azarão podem perder o valor de uma hora para outra, a chave principal disso é a inconstância que diferencia o futebol europeu do nacional, times bons conseguem ser desfeitos em meio de temporada e colocando risco de rebaixamento. 

                   O papel essencial de criar um planejamento realista que desafia a soberba da torcida, ego de treinadores e valoriza a racionalidade da diretoria. O grande defeito das maioria dos comando dos clubes profissionais, a paixão supera a capacidade profissional de prever impactos de contratações e bom trabalho a longo prazo, sinal de como não saímos da era do amadorismo na questão de "cartolas" que estão a frente dos mais fortes e tradicionais. 

                  A somatório de exemplos positivos e negativos, temos que entender que cada caso é um caso e os preconceitos naturais de torcedor existem em relação a jogar para frente, para trás, posse de bola e etc. Times que consideraram um bom projeto recente temos o Corinthians super campeão que era extremamente defensivo e reativo; Fortaleza que decidiu sair da Serie C e buscar algo melhor sem sair da realidade financeira que permite um médio na serie A; O São Paulo dos anos 2000 que foi a melhor sequência de trabalho e que fez a fama da diretoria; Os exemplos ruins são sempre de times rebaixados ou que foram marcados por demissões polêmica: America-RN (2007), uma das piores campanhas pelo campeonato Brasileiro, um elenco despreparado a se manter na elite; Paraná (2018) que retornou após 10 anos e o resultado foi decepcionante; Crises do Figueirense e Portuguesa são os símbolos de sucesso a lama, a falta da grana e dívidas marcam a dificuldade de existir somente pela tradição. 

                  A questão perpassa tantos fatores mas, que tem um ponto em comum a troca de comando e a diretoria agindo por impulso: Troca o estilo de ataque por toque de bola e no final pega um treinador defensivo em busca de pontinhos de salvação. Usar a cabeça é saber a sua situação e se adaptar, trocando em miúdos é que muitas vezes dirigente acha que time recém promovido tem poder para peitar os grandes, times formados são ruins ou gastam demais e terminam criando momento para uma serie de descensos. O surto do time tradicional e campeão, investindo o que não tem é outro clássico nacional que termina bem ou com quase rebaixados e uma serie de pessoas mandadas embora sendo jogadores ou técnicos. 

                 O objetivo é ressaltar, para conseguir algo importante no futebol é planejar a um prazo de pelo menos 3 anos, de preferência mais e que seja um pensamento de todos que vierem a ser da presidência e direção. Quem vive só o momento pode ter alguma glórias com craques maravilhosos porém vai sofrer com amadorismo de não bancar suas contas pois desperdiçou o caixa em jogador e treinador ruim, é fácil saber quando a falta de título e pegada totalmente diferente do clube estão no currículo do profissional, em mais de uma década de carreira tem tempo para ganhar e estabelecer que fulano joga para atacar ou defender, tocar ou dar a bola ao adversário basta fazer um scout bem simples dos últimos trabalhos. Diferente disso, os clubes conscientes sabem colocar dinheiro em quem vale, admitem que erram em apostar em novatos e os cascudos e sabe que deve ter caixa por menor que seja, afinal vive de empréstimo e adiantamento de cota é um circulo vicioso, vencer é importante porém não passar vergonha, ficar na divisão principal e beliscar boas posições é o que faz a fama dos times vencedores. 

                    É isso, pessoal
                    Até a próxima 


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