Jogador 2 Cabeças: O dilema do fim da mídia física


 

                              Olá pessoal 

                    O tema de hoje é consoles de nova geração, a questão de abrir mão de uma coisa que seria indispensável até alguns anos que é a mídia física, contável e meio mais comum até a expansão de serviços online se tornou opção a modelo mais barato abrir mão de ter o jogo em mãos. Olhando para o futuro, a necessidade de obrigar a migração do player mais conservador a comprar os jogos via loja virtual, realidade que prega o fim de uma era em que ter e vender CD's, além de diminuir os intermediários (lojistas, vendedores autônomos), isso abre uma discussão que vai longe. 

                A vida útil muita longa de um leitor que começou no cartucho, passou ao CD,DVD,Blu Ray e se surgir outro formato iria utiliza-lo, a tradição de fazer uma pilha de todos os jogos que você tem ou pegou emprestado e ficou, era orgulho de toda pessoa gamer das antigas da materialidade do seu vício. A queda de utilidade é um ponto que não é bem engolida por um nostálgico, enxergar que existem bibliotecas e nuvens com alguns jogos não é nada comparável a ter uma estante/armário com uma dúzia de capinhas com modelos de colecionador e outras coisas mais, fato é que não vai deixar de vender em loja, só vai virar objetos de luxo, tipo comprar na pré venda com direito a muito brindes ou seguir com preços altos como sempre até o momento de estagnação. 

                  A relação com os meios de vendas, existe uma correlação importante de quem vende os consoles e títulos e as empresas grandes da indústria de games, a contabilidade e as repercussões sempre ajudaram a demonstrar as boas escolhas e tem uma interrogação a frente com a popularização de aparelhos sem leitor disponível de fábrica. A promessa é ainda manter a possibilidade de comprar e vender fisicamente, entretanto os avanços de serviços de nuvem e vendas online pode marcar um lento caminhar para uma diminuição de acesso das pessoas que não tem grana para jogos novos e dependem da troca entre usuários via sites de anúncios comuns (Mercado Livre, OLX, Enjoei e etc). 

                   O passo uma hora será dado, o dilema é que o acesso a PSN, Gamepass, Epic Store, Stadia e etc parecem artificiais demais a realidade mundial, lugares que mal se tem internet poderão oferecer a condição de um jovem adulto "privilegiado" de certa forma, comprar e armazenar títulos apostando em globalização ou bondade de uma grande empresa ? 

               O problema da formatação completamente online é entender que não existe um ponto de igualdade entre um jogador da Ásia e Europa e outro Africano e SulAmericano, tecnologia chega a base de renda e estrutura social. Como já traçamos antes, a elitização começa a dominar a cena de jogadores comuns, esta diminuindo quem consegue quebrar a barreira monetária de ser um gamer em tempos como o nosso que é maravilhoso, só que deixa muita gente para trás que migra para o Mobile, afinal um bom Smartphone é 1 mil reais até 3 contra um console de 4,5,6 mil que depende mais do Hype e da necessidade de streamar como fazem os profissionais da mídia. 

               Todos os lados vão conversar para chegar um ponto de equilíbrio, as produtoras de consoles e jogos tem um produto para vender, lojas dependem dos faturamentos de grandes feriados para balancear seus caixas, consumidores irão responder a oferta com a maioria da movimentação virtual. Existem 3 atores sociais na situação, o lucro tem que ser balanceado com a justiça na ponta mais fraca, os comerciantes tem que ter sua parcela nisso e a comunidade não pode ser afetada por uma decisão de cima para baixo, afinal quem sustenta a indústria do entretenimento virtual é quem joga. 

                    É isso, pessoal
                    Até a próxima 


 

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