Resenha 2 cabeças: Sequencia Br - Meu tio matou um cara (2004)

                             Olá pessoal 

           O tema de hoje é cinema Brasileiro, anteriormente resenhamos "O Homem que Copiava" e agora outro filme da mesma época e produtora, mostrando um outro lado da cinematografia Brasileira, as comédias com o cotidiano e o tom urbano que domina as produções de sucesso até hoje. A casa do cinema no início dos anos 2000 dando um sinal de retomada, depois voltou ao foco do eixo do sudeste com a economia aquecida e os incentivos culturais aumentando. 

                Outro filme do jovem ator Lázaro Ramos, o enredo de "Meu Tio Matou um Cara" tem dois planos de narrativa que é o Duca (Darlan Cunha) na jornada com a Isa (Sophia Reis) e o relacionamento do Tio Eder (Lázaro Ramos) com a Soraya (Deborah Secco), o modo como os acontecimentos se alternam com a rotina do garoto e a volta do tio, a construção do enlaçamento da suspeita que move o filme. Variando entre uma comédia de costumes, aventura e até drama, foi indicado a alguns prêmios e destaques para a atuação e o roteiro de Jorge Furtado e Guel Arraes, sinal da importância do RS na nova onda do cinema nacional. 

                  O ponta pé inicial do filme é o crime, esta no título e o que menos importa ao final é a questão da culpa, a investigação torna uma aventura de trio adolescente que busca a verdade e a descoberta não é o que esperava. Outro ponto de vista é o Tio, o lado mais forte da comédia faz a coisa do último a saber, do sujeito que é passado para trás, a questão da família que é o único centro que você tem a visão mais clara do que eles pensam. 

                 A abordagem que carrega um clichê amoroso, uma relação adulta amorosa e como jogar no espelho a situação que vão acontecendo na sequência, uma montagem que fatos e reviravoltas que criam um ritmo satisfatório ao espectador. O aspecto mais dramático é a forma que as relações se desenvolvem com o interesse e o desinteresse, a trama se passa na tentativa de provar ou convencer o outro de uma verdade, escondidas ou não. 

                O aspecto urbano coloca a cidade inteira como palco: Porto Alegre desde o presídio que o Tio Eder fica preso no início, o apartamento classe média da família Fragoso, a cobertura da Soraya, a escola do trio adolescente,  o centro da cidade e outros lugares. Ao contar desse jeito a sua historia principal, o espaço tem sua importância com sua verossimilidade: coisas dos anos 2000 como valores, objetos, e linguagem, diversas obras posteriores também buscam esse apego com o local que você realiza a obra. 

                    As coisas leves são essas a narrativa é tomada pelo visão do garoto, desde quando ele tenta ajudar o tio quando tem a noticia que ele tá preso, a revelação do verdadeiro culpado, a indicação que algo estava errado na relação entre o Eder e a Soraya, o chamado a aventura enquanto ele tentava achar o modo de conquistar a Isa, provando que o Kid era um mané. O contra plano disso temos a relação dos adultos que tem segredos, opiniões e a traição vista por uma ótica diferente, o desfecho do homem traído é surpreendente. 

              A atuação dos protagonistas e dos coadjuvantes, dois núcleos tiveram destaque ao ponto de ganharem suas indicações,  o reconhecimento de um bom trabalho. Ganhando espaços e prêmios, garantindo o prêmio de revelação a Sophia Reis, duas vitórias a Lázaro Ramos e direção e roteiro para Jorge Furtado.  

                   A dualidade é algo que fica, poderia ser sobre um garoto que conquista a garota ou um suspense sobre um crime e a infidelidade, juntou tudo numa trama que flutua entre gêneros, usando um cenário que é vivo. Longe do auge de grande produções, busca na humanidade da trama e dos desejos mais básicos, uma visão que pode ser engraçada ou romântica de uma jornada. 

                    É isso, pessoal
                    Até a próxima



  

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