Resenhas 2 Cabeças: Evermore, 2x Taylor Swift


                           Olá pessoal 

                O tema da nossa resenha de dezembro, o disco irmão de Folklore chegou e fez muito impacto com o fator surpresa, anunciado dias antes da chegada nas plataformas digitais. A jornada do Evermore é o resultado de muita produtividade em tempos de pandemia, gravado no mesmo momento de estúdio do álbum anterior deste mesmo ano, uma marca definitiva de personalidade artística. 

                  O mergulho para fora da bolha pop, dois discos folk com diversos elementos variados são o resultado do acordo de liberdade que pôs os direitos criativos e fonográficos na mão da Taylor, o ciclo Folklore - Evermore representa um passo para dentro, e depois outro para fora com um lado de composição bem íntimo e a produção de duas narrativas coesas que caminham sobre a vida pessoal e sentimentos que todos nós temos. 

                 Para começar, o single que abre tudo é "Willow", o vídeo continua uma cena de "Cardigan" e traz um pouco da sonoridade e do espírito do álbum. O tom segue sutil, contando mais histórias que passam dessa visão da personagem que interpreta a cantora, a busca neste novo trabalho é fazer um retrato sincero/particular das experiências que foram colocadas ali, como a própria Taylor afirmou que este foi o primeiro disco que escreveu sobre situações que não foram vividas por ela. 

                 O lado mais pessoal temos duas canções que falam mais de suas memórias e vivências que são "Marjorie" e "Dorothea" que a primeira cita diretamente sua vó, uma homenagem e a segunda, supostamente trataria da amizade com Selena Gomez, vale citar a participação do Haim em "No body, no crime" que são de fato, amigas da cantora que tem uma boa proximidade. 

                 Outro aspecto interessante, a doce melancolia que se passa nas entrelinhas de cada letra, as músicas como " 'Tis the damn season", "happiness" ,"Champagne Problems" e a faixa título com Bon Iver. Do ponto de vista de um ano tão pesado, a forma como lidar com a dor e a escolha do instrumental que carrega leveza a histórias carregadas de passado que deixariam o clima do álbum mais sombrio, uma evolução na forma que você entrega o produto final. 

                 A produção musical junto aos integrantes do The National e Bon Iver é um ponto muito positivo, tudo que ela quis imprimir no álbum ela conseguiu de uma forma ou outra, seguindo uma linha que se preocupou com a estética e o significado. A opção por não remeter a seus trabalhos anteriores, extremamente dançantes, mercadológicos e grudentos, uma volta a inspiração depois de ir tão longe na busca de hits. 

                 O que sentimos é importante enquanto o disco toca, de "Willow" que faz a ponte com "Cardigan", da faixa 2 a 7 que tem relatos muitos fortes da vida e de como lidamos com ela, da faixa 8 a 13 uma narrativa pessoa muito intensa e fechando com "Closure" e "Evermore" como se marcasse o final da trilha, assim, para quem se dispõem é como uma conversa de uma hora com alguém que fala discretamente sobre a sua vida e de coisas que estão no íntimo de todo mundo. 

                   As minhas favoritas são "Marjorie" pois captei o sentido da canção de primeira, "Long short story" é a letra que mais gostei no jogo de palavras de Long Short e "Hapiness" por ser aquele tipo de canção triste/feliz ao mesmo tempo. A questão do gênero folk/romântico é algo que pode afastar algum tipo de fã, entendo o porquê, entretanto de uma chance para ver um lado mais relaxado e calmo de Taylor Swift, afinal logo logo estaremos com a cantora pop fazedora de Hits. 

                   É isso, pessoal
                   Até a próxima


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