Crônica da semana: Casar ou não, eis a questão

       Olá pessoal 

     O dilema do século 21, o continuar o rito medieval de reunir-se em matrimônio ou usar a lei que nos legisla em uma relação como a união estável que tem o mesmo peso. Entender as mudanças na sociedade que levaram a opção de não se comprometer no religioso, apenas de papel passado como a legitimação de um relacionamento curto ao mais longo.

       Estive em três casamentos e me peguei pensando sobre o contraste do antigo e o moderno em uma cerimônia dessas para amigos e família. O que se atualizou foram os figurinos, as musicas tem como se divertir estando lá e por outro lado, os rituais que te forçam a ficar tanto tempo em pé, diversas etapas para cumprir até o desejado sim, afinal casar é demorado, talvez seja eu apenas desacostumado com uma missa ou estar dentro de uma religião.

       Vamos ao material humano, o que segura até hoje o rito de casar é a experiência que se repete de geração, se gasta toda essa grana para que um coletivo desfrute seja uma junção de família pequena ou gigante. É sobre felicidade das pessoas, compromisso com Deus, quer dizer que existem cerimônias não religiosas ou de outras religiões. A mensagem diz sobre criar laços dentro da união que se faz aos olhos dos outros, os casais que vivem juntos tantos anos procuram apenas marcar uma data, um avanço para a vida.

       Tratamos do mundo real, se a igreja não fosse intolerante ou a necessidade de pagar suas próprias contas, casar seria menos questionado. Casais LGBTQIAPN+ de famílias tradicionais tem o mesmo sonho de um casal hétero, uma festa e um dia para lembrar e a bênção de Deus; Pobres também casam ou queriam, muito motivos de casais que não vão a uma igreja decretar seus votos matrimoniais é que não se escolhe entre comer ou casar, não existe, sobreviver é um ato de escolha que coloca a impossibilidade de sonhar.

      Vamos a praticidades, garantias legais de reconhecimento de relação são uma alternativa a um gasto para ter chancelado seus anos juntos e manter direitos a pensão e guardas. Casou no civil, a lei diz que está casado e podem ser um casal oficialmente, comprovou uma relação estável pode ser elevado a um casamento mesmo que nunca confirmado, e isso serve para a mesma relação de séculos que é resguardar os bens da família e constituir heranças.

     Do sonho a ser prático com a sua vida, tem barreiras diferentes para chegar ou não ao altar, quer dizer o paradoxo de gente rica que não quer casar e pessoas não héteros que sofrem com uma proibição de celebrar. Por trás de discurso de modernidade de que casar é opcional, existem muitos contextos para desobrigar como garantias legais sem igreja ou dificultar seja o custo de fazer festa que alguns não conseguem arcar. Um clichê é algo que não dá para evitar, pessoas vão querer casamento e outras desta nova geração serão solitárias ou desapegadas, assim o mundo vai girar.  

      É isso, pessoal 

      Até a próxima  



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