FHM #154: Como fazer revoluções financeiras no futebol brasileiro ?

    


              Olá pessoal

          O tema de hoje é reorganização financeira, de onde os clubes tem tirado ideias para reverter quadros de finanças arrasadas para um mínimo fluxo de caixa e bons elencos, e como a partir de dois pontos de vista pode se dizer que o mercado brasileiro tem tudo para deslanchar se houver coragem de mudar algumas visões históricas, será bom para todos os lados. Enfim apresentar os dois caminhos da mágica acontecer que são torcidas enormes ou desapego de quadro de conselheiros, assim sendo mais claro que o modelo Flamengo ou SAF representam a vitalidade dos clubes no Brasil. 

         Pode ser difícil entender de um torcedor de um time nas divisões de baixo ou até de relevância regional se colocar na visão que apresentamos, entretanto o processo pode ser replicada em diferentes tamanhos se criar boa vontade de dirigentes. No ecossistema esportivo chamado futebol do interior, diversos pontos que são banais a visão de um torcedor dos times das capitais podem ser um peso grande, pegar o exemplo de limpar finanças em períodos que podem gerar seca de títulos, porém renovador enquanto estrutura para evitar rebaixamentos, isso pode acontecer com times no Nordeste, Sul, Centro Oeste para estabilizar times tradicionais nas primeiras divisões dos estaduais, isso com o tempo vale vaga em serie D, Copa do Brasil. 

           A segunda dinâmica é em um momento mais favorável se estabelecer em SAF, um investidor tem risco com ingerências e outros desmandos, mas tem a possibilidade de entrada de capital para pagamentos de dividas históricas e reforços maiores que em qualquer divisão nacional pode significar um acesso de divisão e mais competição no mercado. o movimento de empresas entrando no futebol já ocorre no futebol no interior e apesar de calotes, pode vir a ser a solução para evitar que o time feche as portas. 

           Depois de uma introdução breve e um contexto, como explicar o sucesso dos dois modelos em nível nacional e enxergar que a partir de agora teremos clubes que irão escolher um lado ou outro dessa situação. A paixão do brasileiro pelo seu time de coração é algo que pode mover montanhas e isso foi levado a sério no ciclo de gestões que levaram de falido a bilionário Rubro negro carioca, Flamengo é uma mina de ouro e que ninguém tinha explorado com sucesso, mesmo com críticas a elitização e desrespeito de presidentes, é inegável que o processo de renegociar, reduzir  dividas é de fato o caminho para os clubes que tem horror a vender seu futebol a outra empresa. 

            O modo de fazer é aparentemente viável em diversos centros do futebol, enxugar contas do clube e abrir conversas para diminuir a fila de empresas, jogadores e impostos que batem a porta cobrando valores na justiça, pode dar trabalho a curto prazo, no entanto o poder de compra ou manutenção de elenco sem salários atrasados tem mais resultado esportivo que viver a custa de aposta de sucesso para ter fluxo de caixa, afinal só vence um por competição. O custo é paciência, bons patrocinadores e saber usar a marca como garantia, gigantes do nordeste tem torcida, atenção da mídia e talvez tempo para conseguir uma boa reestruturação. 

          O noticiário vem colocando vários times em processos de clube empresa, o que é importante notar de tudo isso é que o investidor tem que nome, relevância e não ser um aventureiro com um pouco de grana, explicando em detalhes que Eagle Holding, Grupo City, 777, Estrela Galícia, Red Bull e outros tem bases organizacionais pensando na gestão do futebol, o que pode diferenciar um empresário ou charlatão com propostas mentirosas. Assim SAF é investimento de risco para quem compra e é comprado, o ponto é que se promete gestão profissional com responsabilidade, afinal ninguém sai rasgando dinheiro no mercado esportivo. 

           Os problemas de Ronaldo, Jonh Textor e até do conglomerado do Red Bull são reflexos da dificuldade do cotidiano de gestão no Brasil, como foi dito pelo presidente Rueda do Santos, futebol é caro. Os benefícios de uma direção de futebol que não se controla por voto de conselheiro vitalício de clube social e não faz loucuras para agradar torcida é maior que qualquer repercussão de imprensa sobre erros naturais ao comprar jogador jovem, mudança de uniforme ou visão para que um time seja competitivo, clube que paga em dia não tem justificativa de corpo mole ou fuga de craques, problemas das gestões antigas e amadoras que enterraram tantos clubes a divisões de acesso nas últimas décadas. 

          A questão que deixo no ar para o futuro é quem vai ter coragem de mudar o sistema de poder dentro do seu clube em busca de resultado, qualquer um dos dois modelo de sucesso é que ter uma visão de longo prazo para voltar a ser grande, construir resultados financeiros e esportivos vai demandar que torcida, dirigente  e outros envolvidos pensem que contas no azul tem mais garantias que promessas vazias a cada começo de gestão. O pensamento é que o Brasil ser um país do futebol vai passar por clubes mais fortes e menos dependência de vendas, mais estrutura para os times regionais e talvez, uma seleção menos fixada na Europa. 

            É isso, pessoal 

            Até a próxima 



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