FHM #158: A copa do mundo feminina e a expansão da categoria
O tema de hoje é falar, divulgar a copa do mundo feminina que vai acontecer na Oceania, Austrália e Nova Zelandia, como o torneio da FIFA vai marcando o ponto de mudança para as jogadoras terem mais reconhecimento em nível de clubes e seleções. O sucesso do mundial vai provar que o torneio de 2019 foi só o início da subida de popularidade da disputas das melhores do planeta, avanço sobre o machismo que ronda o futebol, elas querem o mundo agora e sem direito a reclamação.
Formato:
Igual ao mundial do Qatar, a competição de 32 seleções com a mesma separação em grupos como conhecemos por décadas, seguido do mata -mata que gostamos tanto a partir das oitavas de final.
32 Times em 8 grupos - mata com oitavas - quartas - semi - Final: tudo em 1 jogo
Primeira vez que é aplicado este formato, a copa anterior teve 24 seleções e foi disputada na França.
A adição de 8 vagas abriu portas para estreantes, sendo coincidentemente oito caras novas em 2023
Brasil:
O sorteio colocou as meninas do Brasil no grupo F com França, Jamaica e Panamá
O grupo é complicado, o bom trabalho de renovação de Pia Sundhage tem efeitos positivos na transição dos grandes nomes da geração como Marta, Cristiane e Formiga, que aos poucos tem achado nomes para suprir a inevitável saída como a Formiga, podendo ser a última copa para Marta e Cris que vem sendo ignorada nas convocações. As Brabas tem que provar que podem brigar com as Francesas em busca de um primeiro lugar, o resultado pode colocar a seleção em uma campanha para fazer um bom papel e ratificar o peso como time mais forte da América do Sul e competidor com as sisters de EUA e Canadá, as Europeias e as potências Asiáticas.
Favoritismo:
Situação similar ao masculino, os times europeus são apontados como os favoritos como Espanha, Suécia, Inglaterra e acompanhadas das potências norte americanas EUA e Canada, difícil enxergar no mata mata a ascensão de outras equipes com tanta força, entretanto as Japonesas já aprontaram e o Brasil sempre tem a pretensão de crescer de patamar, o mundial feminino esta longe de ser óbvio e que outro destaque pode surgir, a categoria tem crescido na base e no profissional revelando mais craques nos últimos anos.
A expansão do futebol feminino
Diferente do esperado, a cobertura midiática e o apoio do público europeu fez com que 2019 fosse o marco de audiência e estádio cheio para que despertasse o investimento dos gananciosos da FIFA, assim com mais vagas para seleções teríamos uma equidade entre homens e mulheres, o que não ocorreu com a adição para 2026 de 16 seleções masculinas chegando a 48.
Torna-se notório que o mundo deu um avanço em relação a ter sua seleção feminina de futebol, as cinco regiões tem torneios e mesmo que a distância do melhor ao pior seja grande. A iniciativa em ter ligas para jogar e até um mercado de transferência agitado faz com que pensamos que um dia pode se caminhar a um respeito as mulheres como atletas e com estrutura separadas dos homens, o direito a sonhar em jogar futebol e isso não ser como uma grande provação ou história de superação.
O Brasil dá um baile na América do Sul, tem conseguido organizar uma liga para desenvolver talentos e quer chegar no patamar pelo menos das rivais do Norte que estão décadas a frente, finalmente estamos com projeto para aliar talento e tática, uma técnica de ponta e talvez perspectiva para frente. Passo a passo seja o nosso caminhar, conseguir bater as adversárias mais fracas e ter casca para chegar a títulos, as nossas derrotas históricas com a Marta seja em Olimpíadas, Copa do mundo e torneios internacionais tem que fazer parte do passado em algum momento.
É isso, pessoal
Até a próxima
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Grato , blog 2 cabeças viajantes