Crônica da semana: Toda quarta e domingo

        Olá pessoal

        A semana de falar sobre futebol vai se encerrar com a conquista mais importante do esporte que é fidelizar a torcida seja no estádio ou na TV, toda quarta e domingo alguém consulta a programação para saber se vai ter jogo transmitido, tirando o período de férias dos jogadores, o Brasileiro médio se guia no cotidiano se seu time ou rival vai jogar, que isso altera a rotina do bairro onde ocorre a partida ou a programação da televisão que acaba mais cedo ou nem passa. O hábito cultural de assistir jogo, agora expandido com o uso de streaming para partidas de quinta e sábado, tudo colabora que a popularidade do esporte Bretão não se perca dentro da crise da seleção e do campeonato brasileiro fraco, é aquilo, nível técnico baixo, porém sempre vai ter a torcida assistindo de onde puder. 

       Estamos numa bolha que parece dominante, mas não é na prática, em mais de 200 milhões de habitantes a maioria não tem um time ou acompanha de fato o que acontece, agora valorizando quem é fiel ao seu clube temos o fanatismo que a Globo utilizou na escolha dos dias de jogos para enfiar na nossa cabeça que a partida importante é sempre nesses dias. O irônico que uma variante diferente, poderíamos ter a terça ou até a segunda como o dia esportivo mais importante; Um fato é que se programar sobre o que fazer passa pela data não conflitar com o nosso compromisso de assistir o mata-mata, a decisão ou clássico, a gente cresceu assim e vai acabar passando para a próxima geração a mesma sina. 

        O mundo girou e até as nossas companheiras também adoram futebol, acabou o papo bobo de que existe uma troca ou repulsa a cultura de esporte, basta equilíbrio de tempo entre cada um dos amores. A relação que existe hoje é  sobre como aos poucos seja o aumento da participação feminina na arquibancada ou no futebol feminino com respaldo, elas estão tão inseridas quanto a parte masculina nesta rotina de se desdobrar para conseguir acompanhar jogos, nos resta saber acabar com a visão fechada e atrasada sobre mulher e esporte. 

        Olhando em volta, desde o mais discreto torcedor até aquele que sai de casa com o manto do time, todos eles tem em comum a capacidade de entender o maior fator do futebol, agregar pessoas que nunca sairiam juntas para ser uma voz, uma grande audiência para o jogo que parece simples, entretanto tem o valor sentimental ou irracional de defender um clube porque o ama. Podem dizer sociologicamente, economicamente, filosoficamente, entenderem como uma decisão qualquer nos levou a ver futebol toda quarta e domingo, no final temos que o fator foi o acaso e que isso funciona perfeitamente com a vida da geração de torcedores que vai sentir falta se mudar o dia do jogo, pois é o dia que ele tá de folga do time e ele pode fazer outras coisas que são importante para ele. 

       É isso, pessoal 

       Até a próxima 


 

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