Culturapop em analise #82: Esquecemos os índios
Olá pessoal
O tema da semana continua em pauta, os povos indígenas estão com o seu dia hoje e para tratar agora sobre representatividade, como num país gigante como o nosso a maioria dos personagens não saem da dicotomia de preto e branco, os índios são colocados como este tema a parte, focalizado como o elemento externo a vida cotidiana, como se a presença deles em tribos urbanas ou até incluídos como universitários e participantes da política nacional não merecessem representação. O Brasil faz questão de silenciar as minorias como um sinal de seu desrespeito histórico que reflete quem comanda a mídia e os interesses por trás disso.
Durante toda a nossa história como país, existe o contraponto entre o índio bom selvagem e o inimigo dos homens brancos na conquista do território, assim a literatura, o teatro, a TV, o cinema e agora a internet, construindo a noção mítica de um conjunto de povos que estão vivendo e estão atualizados como todos nós, entretanto por que temos que estereotipar ou apenas representar a tribo, cadê a juventude que vai ao território urbano que já se insere dentro da sociedade mesmo que para conseguir estudo e trabalho. O nosso erro é esquecer, silenciar ou tipificar como o passado,um grupo que está lutando por terra, direitos e dignidade de viver como já vive a séculos nesta terra.
O problema principal é que apenas documentários, um especial na rede globo é o suficiente para poder mostrar e dar fala a estes povos originários que sofrem ataques e tem direitos negados à muito tempo. O meio de comunicação por mais manipulado que seja, dá dimensão ao público geral sobre o que vai ser pensado no senso comum, o trauma que gerou esta sub representação do indígena moderno que tem acesso a internet, anda vestido e tem noção de cidadania como o voto que elege os primeiros representantes na política, e ainda parece ser tratado como o indefeso e desatualizado com o mundo em vez de ressaltar que o ambiente indígena permite a ancestralidade e contato com o cotidiano urbano se necessário.
A questão é que a falta de um programa, um personagem incluído em série ou novela, espaços que discursos sejam elevados a noção real de risco à vida. O que pode ser feito é o esforço que já existe em adicionar negros, leste asiáticos, deficientes, autistas e outros perfis que são incluídos com certa pautas sociais na TV, streaming como forma de se ver o mundo plural como é, driblando o instinto televisivo de "lavar" a imagem tornando o ideal de branco, cristão e hétero, tal qual o mundo foi pensado na cabeças de muitos.
O sentido deste texto, nesta data importante é ressaltar que se conta nos dedos das mãos produções de grande mídia que tem histórias e defesas de pautas indígenas, a proposta seja repensar como incluir mais o tema sem uma visão distorcida e sem desrespeito com os povos indígenas. É preciso falar sobre, deixar a importância mais evidente, a partir deste silenciamento temos que fazendeiros, garimpeiros, madeireiros tem atacado diante do esquecimento e da pouca atenção que se dá para estes povos que pedem ajuda e não tem apoio midiático devido a crise que vivem.
É isso, pessoal
Até a próxima
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Se expressem , gritem , cornetem , comentem
Grato , blog 2 cabeças viajantes