FHM #165: Futebol feminino entre a bola e o hate
O tema de hoje é o futebol, esporte bretão que se espalhou ao redor do mundo e pela primeira vez que eu noto que ele é brecado, o mais interessante de dizer é que por motivo mais ideológico que do que esportivo, afinal com ciência e estudo sociológico vemos que não há motivo para impedir as mulheres de jogar sem ser o machismo estrutural e a frágil noção de perda de espaço onde a transmissão se coloca em 90% -10% nos meios de comunicação.
A Copa do Mundo foi boa, teve bons jogos e confirma o domínio europeu com sua melhora no investimento, temos os EUA em transição de geração e as surpresas como o Japão e outros times não conseguindo beliscar algo maior. As Espanholas campeãs são exemplo que se tem ter uma liga com times grandes e que levem o projeto a sério, a base do Barça serviu para de novo a campanha de campeão mundial, o que nos diz muito sobre que não adianta botar um orçamento de um café e um salgado e achar que vai ter alguma chance no futebol feminino.
Falamos do esporte feminino que vive dentro do mundo, um mundo de homens inseguros e que como sugeri no título: entre jogar e driblar o ódio a qualquer prática de expressão feminina. O projeto de "barrar" o evento da FIFA existiu na prática, o fato dos jogos serem de noite/madrugada/manhã era um impeditivo que já existiu antes como desculpa para não ver, depois vem o exemplo do hate ao jogo de abertura na Cazé TV e depois o discurso de "empurrar"a modalidade para quem não gostava porque passava na TV, tinha noticiário e dava dando audiência. Tudo isso, porque quem não suporta a ideia de seu esporte ser tomado pelo sexo frágil e que na sua cabeça não serve para esporte que é um pensamento machista presente até hoje que coloca a mulher neste lugar de beleza, troféu e que não pode se arriscar a entrar no mundo "masculino".
O ponto é que países que não investem vão continuar a ser como são, a própria CBF com seu orçamento curto para se dizer com a seleção feminina de base a profissional tem a promessa de manter o gasto com estrutura porém a longo prazo não parece melhorar o Brasileiro e Copa do Brasil. A mágica de fazer florescer o futebol nacional mesmo com o desleixo das federações e de uma mentalidade que parece longe de ser a ideal, afinal os estaduais masculino e feminino não podem conflitar e como você junta Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual tudo junto, como transmite tudo e cresce uma infraestrutura esportiva onde não dá para acontecer futebol feminino e masculino junto sem escantear a modalidade feminina para estádio vazio em dia de semana.
Este é o ponto, viver entre o silenciamento da modalidade ou aparecer por 1 mês e sofrer ataque machista, no futebol amador elas tão jogando e tão crescendo aos poucos nos espaços conquistado e o problema é que na estrutura de cima, profissional que envolve clube mídia e organização temos o ponto maior de brecar o desenvolvimento que é o amadorismo de quem dirige a parada, a raiva que dá é que assim continua na mesma sem o Brasil crescer para ganhar uma copa do mundo e criando narrativa para hater diminuir uma modalidade que tá querendo acontecer hoje e para o futuro.
É isso, pessoal
Até a próxima.
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Se expressem , gritem , cornetem , comentem
Grato , blog 2 cabeças viajantes