De Olho Neles: A Greve da USP 2023

   Olá pessoal 

  O tema de hoje é greve, no contexto da tensão entre projetos de privatização e a reação de entidades trabalhistas, dentro deste cenário existiu a greve na USP onde a luta contra a falta de professores, avanço dos planos de privatizações na universidade e dos desmontes continuo das universidades públicas no Estado de São Paulo, a Unicamp também entrou em greve refletindo o mesmo processo de sucatear todas as estaduais. 

  Os pontos principais de reivindicações foram a partir da necessidade de contratação de docentes: a descoberta e o fim do edital de mérito, ou seja a concorrência entre cursos em novos concursos para contratação de professores julgados pela banca da própria reitoria, favorecendo os interesses da própria julgadora que distribuiu novos concursos para o campus de Bauru,local onde tem interesse privado; A melhora do PAPFE - sistema de permanência estudantil; Vestibular indígena; Cotas para alunes Trans e para professores negros; Demanda de ampliação do atendimento do restaurante universitário(Bandejão) aos fins de semana; Além de contratação de funcionários e demandas específicas de cada curso. 

     A greve geral teve dois momentos, o inicial que acuou a reitoria e direções de cursos e a fase final onde a negociação foi recusada com o contra ataque institucional reprimindo a paralisação geral no campus. O Movimento estudantil  teve a maioria dos cursos paralisados no Butantã, cursos parado na EACH - USP Leste, teve campus parado interior como Lorena, São Carlos e Ribeirão Preto e ainda apoiou a Unicamp no começo da sua greve; Toda essa união fez com que essa seja uma greve histórica, representativa na luta contra o governo privatista atual, e que apesar de recuo na pressão, arrancou uma carta compromisso de 24 pontos, além de favorecer negociações futuras para que certas demandas se cumpram como a creche na EACH, Melhoria da permanência com as bolsas, estruturas acadêmicas e evitar fechamentos de cursos ao redor dos campus capital ou interior. 

   A figura do reitor Carlotti e sua gestão sai arranhada  com a desmoralização das suas práticas, acusações de racismo e elitismo e de permitir a maior greve desde 2002 resultando o adiantamento de um plano de 3 anos e mais concursos a mais; Retrato da falta de vontade política na manutenção da universidade pública com bilhões em caixa feitos com economias durante os anos e que permitiu que cursos caminhassem ao seu fim com faltas de professores e funcionários. 

    O saldo final é uma derrota a reitoria e um ponto de interrogação no movimento estudantil que poderia ter conseguido mais em conquistas na greve geral. Os adjetivos serão grande movimento, histórica e agregadora de vários campus, talvez sejam os termos para recordar da greve de 2023. Esta analise é curta, descartando certos pontos de vistas mais complexos de colocar visando que a pluralidade de opiniões sobre tudo que aconteceu serão entendidos em breve. 

   É isso, pessoal 

   Até a próxima 

 


    


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