Culturapop em analise #89: A crise no cinema - tempo x qualidade.

   Olá pessoal 

  O tema de hoje é entender a crise da bilheteria  e a situação com serviços de streaming, o mercado de filmes tem sido alvo de perdas e gerando comportamento do público de escapar do hábito histórico de ir ao cinema, mesmo com arrecadações razoáveis esta difícil prever sucessos e fracassos. A necessidade de lidar com hype e ansiedade generalizada tem feito que o adiantamento ou adiamento de títulos grandes tem desequilibrado as janelas de grandes lançamentos, o tempo perfeito tem se perdido como existia dentro dos planejamentos dos estúdios. 

   O cinema comercial não vai acabar, o ponto é que a formula mágica para atrair multidões e as leituras do marketing tem a necessidade de mudar, fatores como a rotativa crise mundial na economia e as concorrências via streaming tem feito um movimento de aceleração de produções buscando o vácuo e as incertezas nas franquias de heróis, ação e adaptações literárias com a fuga de investidores com a tendência atual de filmes não se pagarem, sim os estúdios continuam a lucrar mas, os acionistas se preocupam com a diminuição destas taxas em porcentagem, mesmo fracassando em alguns blockbusters  a indústria continua dando dinheiro, só que menos. 

     O que o público geral percebe é que a grande produção associada a distribuição mista entre tela grande do cinema e as outras de gadgets como celulares, PCs e Tablets tem investido mais em produtos menos originais, mais roteiros parecidos e que essas narrativas não conseguem nem dar conta da sede de novidades e nem nivelar o cinema ao auge dos filmes de heróis como fenômeno cultural, apenas resgatado por BarbieHaimer em 2023. O pensamento deveria ser voltar a um movimento de hype mais longo e com maior tempo de respiro ou incentivar a originalidade como forma de sair desta crise, já que as reinvenções dessas diversas franquias em algum grau não tem o mesmo apelo que deveria trazendo a marca de acima de meio bilhão de dolares como sabemos que pode. 

    Ampliando o fator streaming, o fato de existir a Netflix, Hulu, Disney Plus Max, Amazon Prime, locke e outras, e seus diferentes catálogos tem criado um problema de algoritmo em que pessoas não podem esperar por longos períodos por um filme e que o fato que plataforma de streaming dependem de ter compras de direitos e novidades a cada semana, mês e trimestre para manter assinaturas e público fiel. E como o cinema que se fala em produção levem 2 anos para estrear e ainda depois se incorporar as plataformas dos estúdios, consegue administrar um público que não tem a mesma empolgação e hábito automático de ir a uma sala de cinema, que ouvem as críticas e já desistem de sair de suas casas e que estão ambientados a ter uma experiência inferior vendo filmes em casa. 

     O tempo seja a resposta sobre essas questões, a retomada de gostar da experiência de ter um som imersivo e uma  tela grande, e que talvez o mercado melhorem suas noções de lançamentos como os diversos fracassos atuais se devem a produtos genéricos no audiovisual mundial. A formula pode ser reinventada como também o marketing a lidar com redes sociais e seus algoritmos,  o que falta é voltar a saber o período exato para sair um filme nas ruas e depois no streamings, separar cada vez mais a experiência do evento  cinema do que é a produção em massa, o automatismo da maratona de filme. 

   É isso, pessoal 

   Até a próxima



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