FHM #173: O desafio de gerir um clube de futebol no Brasil.

Olá pessoal  

O tema de hoje é uma reflexão das crises dos clubes no futebol brasileiro, seja em modelo de clube social ou SAF, os problemas são os mesmos e como o amadorismo segue como marca na gestão esportiva, gestão financeira, gestão humana e outras seções. Quer dizer que clubes ricos tem falhas em outros setores, e clubes quebrados conseguem ser referências em outros áreas, assim a liga brasileira é equilibrada em alto e baixo nível. O desafio é equilibrar o ponto entre resultado esportivo e gestão responsável a longo prazo, vide a alternância entre poderes que não sabem priorizar o clube. 

Vamos falar de Corinthians e os problemas de clubes que vivem décadas nas mãos de grupos políticos ou "ditadores" da bola, não dá para dizer que o modelo clube social funcione se na prática temos um monopólio de ideias na mão de um ou vários que pregam a cartolagem amadora. O contexto de eleições internas tem sentido como esta concorrência de candidatos tragam o melhor, o que não acontece nestes casos conhecidos como foi o Alberto Dualib, Mustafá, Eurico Miranda, M. C. Petraglia e outros que estavam ou estão a tempo demais no poder, se sentir dono do clube é o contra senso de democracia do modelo. 

Os erros da gestão atual do novato Augusto Melo tem muito reflexo dos 16 anos do grupo renovação e transparência liderados por Andrés Sanchez e associados. As dívidas e a megalomania de outras presidências levaram a crise atual que é financeira e esportiva no maior clube em torcida de SP, trabalhar em time de massa já é duro, agora com a crise nos cofres e no campo torna-se o clima insustentável para o melhor profissional, imagina para quem tá chegando sem muito conhecimento de gestão. 

No outro modelo, as SAFs regularizadas em tipo de negócio de mercado recentemente, os problemas são parcialmente diferentes com o sistema de hierarquia pesando de forma mais forte do que a instabilidade financeira, em outras palavras: Troca o chefe, entra a grana mas os choques dentro da diretoria são parecidos. O famoso como gastar e quem tem canetada para dar em situações de pressão e de muita pressa, as gestões empresa no Brasil é empate técnico, quando mal executado é processo e ao contrário, vira parceria de sucesso. 

Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Red Bull Bragantino e outros que se inspiram como Cuiabá, Ferroviária são o exemplo do balanço entre erros e acertos. O modo sóbrio e o perfil de poucas dívidas tornam o chamado time de empresário, estáveis em divisão nacional e até beliscam títulos ou são competitivo, entretanto os erros e excessos de gestão personalista como Fogão, Gigante da Colina e Raposa expõem problemas de cadeia de comando e desatenção por uma holding que não tem como cuidar de demandas de mais de um clube por vez. 

O que une os dois modelos de gestão são os mesmos fatores do ecossistemas do futebol, é impraticável gerir os clubes de forma saudável, a operação tende o negativo da serie B para baixo e na primeira divisão, ganhar muito gera uma gastança desenfreada e que acaba em dívida, o fluxo de caixa de 99% dos clubes é afetados por inúmeros processos seja no civil ou esportivo. Mesmo quem tem investimento sofre com atrasos e  dívidas do passado, os problemas de comando são comuns com presidentes que são autoritários e nem todo bom trabalho nos bastidores como financeiro, transferência, Scout e base tem no seu time profissional bons resultados, afinal times SAF e não SAF são rebaixados todos os anos. 

É isso, pessoal 

Até o próxima.



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