Crônica da semana : SP, Rio de Janeiro, Carnaval e medo

   

      Olá pessoal 

      Mais uma sexta, chega a crônica da semana do carnaval e o "Começo" oficial do ano, agora é voltar ao batente depois de entrar nos bloquinhos na rua ou no bloco do netflix, cama e preguiça. Uma das percepções desses dias parados é que o medo tomou conta de duas noites de festa no sambódromo do Rio de Janeiro e São Paulo como consequência da cultura de terror a vida e abraços a morte. 

     O samba enredo tocou, 7 escolas por noite, a globo transmitiu e aquele velho Bla bla bla de sempre; do outro lado da cidade teve bloco,fantasia e povo ocupando a cidade, tudo isso para dizer que o Carnaval era um e se tornou algo muito maior. Foram dias que tudo foi diferente com a atmosfera de paz que precede a guerra que chega, a felicidade troca de lugar com os velhos problemas do dia a dia e enfim encerra a fantasia de vidas totalmente felizes. 

    No meio disso tudo teve arrastão e Estado de guerra no RJ, a cidade maravilhosa foi apenas uma outra latino americana com problema de drogas e aquela brincadeira de policia e ladrão. Nem toda festança de mais de uma semana consegue apagar as marcas de uma violência que dura o ano todo, o morro ainda mata e morre, numa briga de formigas enquanto os donos de todas as armas e drogas fica rico a custa do sangue dos outros. Vai embora o show da Sapucai, entra a vida dura de quem enfrenta a brutalidade de quem conta no Rap, no Samba e Funk toda a tristeza e felicidade da favela, origem da música popular tocada no sambódromo. 

    O que falar de Sampa, aprendeu a produzir bloco e lembrou que cidade é do povo, não do carro, este só aquele que toca o Trio elétrico que tá puxando a galera pela avenida São joão com a Ipiranga. Teve umas noites do Anhembi com aquele povo rico vendo as escolas passar e no final das contas na hora de conhecer o vencedor, o povo vê de casa e da quadra pois a policia tem medo de uma meia dúzia na arquibancada gritar, assim segue menor o Carnaval de SP, feita de elite até na hora da nota. 

    O elemento que permeia tudo o que eu escrevi até agora é o medo, o terror que guia nossas vidas seja aqui em SP ou RJ, agente festeja com aquele rastro de desconfiança do arrastão, do furto do celular e até de ficar no meio de luta de Policia e bandido. Na cidade grande, a violência tá fazendo agente perder a capacidade de simplesmente se divertir e ocupar o espaço para que o vazio não traga o monstro do medo e da vontade de fugir do mundo, talvez as pessoas anda precisando de mais coragem pra libertar a vida seja no Sambódromo,na rua, em toda a cidade. 

     Que o ano seja melhor que foi o seu prólogo, nós curtimos a nossa maneira os dias de descanso porém temos uma temporada com Copa do mundo, Eleição, tretas para todos e aquele sentimento de começar errado. 2018 tem mais dez meses para mostrar que o futuro é menos nebuloso e talvez perdemos o medo de viver tempos tão difíceis que só o carnaval tá salvando. 

É isso, pessoal 
Até amanhã. 

Comentários

confira :

Samurai Miyoshi #74: Cair 9, levantar 10

Jogador 2 cabeças: Games + cinema.