FHM #105: Libertadores, final e tradição

           


            Olá pessoal 

            O texto de hoje vai ser uma crônica sobre a infame final de Madrid, a única final fora da América do Sul, refletir sobre tradição e a inconsequência de uma canetada empresarial que feriu a identidade do torneio mais importante do continente, levando um clássico argentino as terras estrangeiras para o deleite do Europeu e afastando da massa que é a verdadeira dona da festa. 

            Depois da semifinal e a eliminação dos brasileiros, virou a chance da última final em dois jogos ser épica com o maior clássico argentino ser a última lembrança de ida e volta na final  de  Liberta após a decisão de "Europeizar" a competição com a tal da final única em campo neutro pique Champions. Altas expectativas, rivalidade a mil e toda imprensa do mundo esperando para ver algo que não ocorre com facilidade, dois grandes se enfrentando numa decisão continental valendo o domínio e a chance do mundial. 

            O show teve sua primeira parte nos conformes num belo 2 a 2 em La Bombonera, um aviso de tempestade chegou na forma de chuva de pedra e revolta, jogo duro foi aguentar ver o aguaçeiro que caiu no sábado e impediu a partida e no domingo o desastre vindo em forma de violência contra o ônibus, a torcida e a suspensão do jogo que sofreu o baque final de uma guerra declarada. 

           Os nomes da segunda final foram Mauricio Macri, Alejandro Dominguez e Florentino Perez com uma ajudinha de Florentino Perez, uma negociata que traiu os Libertadores da América para entregar o jogo do século para a diversão dos Europeus, a tradição de nunca se curvar aos modelos da Europa de futebol e manter a identidade de loucura e intensidade que somos NÓS, latino- americanos, desta traição a festa manchada em sangue e gás feita no Santiago Bernabeu com pouca torcida argentina e terreno de fãs e jogadores que estavam longe de sua origens na America. 

         A festa foi bonita e bem jogada, entretanto seria se fosse mantida por aqui e colocada nas suas raízes, imagina um Maracanã  lotado de 70 mil argentinos com las hinchas, a atmosfera de rivalidade só na torcida e um espetáculo valendo título lá dentro. O mérito de evitar a violência não foi grande para a Espanha, quem o negligenciou foi o Macri que assumiu que queria a final longe do seu próprio pais nas semis, então esperar que ele reforçasse a segurança e cuidasse desse bem imaterial que é o futebol argentino era óbvio que ele deixaria acontecer o que ocorreu. 

        A quebra de tradição é necessárias as vezes para o bem do esporte, esta foi uma mudança forçada que pesou a mão para nós voltarmos a abaixar a cabeça para o colonizador que trouxe sangue e o castelhano para nós, Sul-americanos. O símbolo  ideológico de vender a final mais sonhada pelos nossos Hermanos para a Espanha e que suscitou em muitos de nós a revolta de não conseguir segurar em nossas mãos o nosso maior mérito que é fazer futebol se sustentar onde as pessoas estão e não se cercar de arenas caras que afastam as pessoas, o jogo se resolveu em campo mas a disputa quem perdeu foi a gente que viu levarem o nosso ouro de novo, com a ajuda do presidente da argentina e a massa de dirigente que quer tirar do povo, aquilo o que lhe faz feliz. 

        Ficamos com a vergonha, um sentimento ruim e por fim alegria de ver o campeão que vai disputar o mundial, que vai significar nada para o balanço do mundo do futebol mas como seria bom ver o Real Cair na frente do River Plate para recuperar o orgulho de ser Sul-americano depois de mancharem o nosso maior torneio em pedra, gás e acordos de cavalheiros. 

       Quedamos asi con la Verguenza, un malo sentimento e en final alegria de ver el campeón que va disputar el mundial, que nadie va significar en el balance del futbol mundial pero como sería bueno ver el Real caer frente al River Plate para recuperar el orgullo de ser sudamericano después de manchar nuestro mayor torneo en piedra, gas y acuerdos de caballeros  

       É isso, pessoal 
       Até a próxima 

       

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