Resenha 2 cabeças: Arrow(CW) - Ciclo completo



                             Olá pessoal 

                      O tema da resenha desse mês é falar de Arrow, serie da CW de sucesso na última década, a sua última temporada confirmada tem a função de nos lembrar do ciclo completo que a produção que criou um universo de heróis na TV. A trajetória foi dura, cheia de erros em quase 8 anos e também teve muitas qualidades para emplacar uma audiência e um fandom que foi se separando para as outras series do Arrowverse permitindo uma longevidade nas telas. 

                     A escolha do protagonista foi um ponto positivo, o ator Stephen Amell tem uma atuação limitada a rigidez de um sobrevivente, personagem sombrio que aos longo das temporadas evoluiu para um meio termo de uma frieza com períodos de abertura. A construção de um herói que flutuou moralmente no modus operandi: Agir solo sem ressentimento a morte, ter uma equipe se responsabilizando por ela, reconstruir-se em uma equipe de novatos, passar o manto e todo o comando e a Jornada apresentada na temporada 8 é a final como o último trabalho de homem condenado. 

                    O elenco teve muitas mudanças, o grupo mais presente foi o núcleo de heróis que tem os destaques da serie que são o Arqueiro, Canário negro, canário branco, Speedy, Arsenal, Observadora, Espartano e Exterminador. Os personagens secundários são importantes como Quentin Lance, Malcolm Merlyn, Curtis, Cão raivoso, Shado, Moira Queen e outros para conduzir a trama tão longa e aprofundando em dramas humanos e guerras por poder e vingança. 

                   Isso nos leva ao roteiro, variando de qualidade a cada temporada tivemos arcos de queda e ascensão, a exploração de problemas reais e o tom sombrio na primeira parte da serie. A segunda parte como pode ser chamada a nova equipe, a partir da quinta temporada temos um novo arqueiro com outros problemas, abordando problemas dele como civil: Prefeito, Pai, Presidiário e agora na sua conclusão, Herói com as motivações parecidas com o início do personagem. 

                   Os maiores problemas de roteiro foram na extensão dos dramas, as escolhas das mortes foram bem questionadas, a opção pelo romance como maneira de segurar a audiência, personagens com pouco carisma com o público, dificuldade de encaixar arcos interessantes com vilões de potencial e outros. Errar num trabalho de tantas temporadas é previsível, showrunners diferentes significam caminhos diversos que tem visões e vícios  na condução da trama, os números de audiência foram o guia. 

                     Agradar os fãs e produzir algo de qualidade é difícil, alguns dos deslizes do comando se basearam em vontades atendidas e decisões técnicas que se traduziram sem força nas telas. A prioridade de 3 temporadas para o Olicity (Oliver e Felicity) é o exemplo de fan service que atrapalhou o desenvolvimento da trama, também citar as mortes de irmãs Lance como uma escolha que limitou os caminhos disponíveis levando a segunda equipe. 

                 Os vilões foram um ponto de amar ou odiar, a motivação de cada um e a relação que tinham com Oliver era um ponto que convencia o público a aceita-lo ou questionar a escolha da temporada. A popularidade do Exterminador, Prometheus e o Diaz se contrapõem a saga dos russos com Anatoly, Ras Al ghul e a liga, Damien Dark com seu sonho megalomaníaco não foram os melhores arcos. 

                   A importância do seriado em ser uma base sólida para o desenvolvimento de um universo televisivo ao seu redor reflete a capacidade de ser laboratório de heróis, tramas e um modo de trazer para próximo do público a vida dos protagonistas como os traumas de um sobrevivente, o alcoolismo, a questão familiares. Disso surge Flash, Legends of Tomorrow, Supergil e Batwoman como consequência das ligações destes personagens que interagiam criando uma rede que protagonizou 3 crossovers de impacto. 

               A formula do sucesso, a duração de temporada longa abraça ainda a importância de público de TV, pode ser chamado de dramático demais ou clichê, mas a "novela" que foi desenvolvida é sinal da inteligência de trazer audiência com algo que as pessoas já conhecem, adaptando o herói humano primeiro e conquistando terreno. O espaço conquistado permitiu a chegada dos super poderosos Flash, Supergirl e o grupos de Lendas viajantes do tempo terem aval para existir como uma realidade onde poderes, meta humanos, alienígenas e vigilantes convivam e lutem juntos. 

               Faltam 10 episódios para fechar a primeira serie de maior impacto da CW na DC, cumpriu seu papel de levar as pancadas e crias os caminhos para uma geração de outras produções que tem coesão em contar histórias juntos. Longe de ser perfeita, tem muitas qualidades em heroísmo, narrativa e personagens, no entanto errou muito nas suas escolhas ao longo de oito temporadas. Fundou Arrowverse, vai marcar a transição de protagonismo para esta outras produções como liderança para novas adaptações de arcos e ditar novos tons a DC na televisão.   

                   É isso, pessoal 
                  Até a próxima 


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