Resenha 2 Cabeças: Creed II, o legado que aponta para o futuro



                                                Olá pessoal 
                        
                       Como prometido, vamos trazer a resenha da sequência de Creed - Nascido para lutar, o sucessor espiritual de Rocky para os dias de hoje como o simbolismo para o Boxe tem neste filme uma divisão entre construir caminhos e homenagear o passado. Creed II é uma continuação muito forte de uma aposta que deu muito certo no momentos que ninguém esperava nada da franquia. 

                          O filme foi escrito por Sylvester Stallone e Juel Taylor propõem um novo desafio ao jovem azarão que vira campeão dos pesos pesados, a retomada do passado como o motor de uma história que fala sobre mudanças no modo de ver a paternidade, masculinidade, arrependimentos e outros tópicos. Continua sendo um filme na formula Rocky, entretanto temos um espírito novo como de Creed que torna uma balança de conhecimento e força emergente que coloca em duas direções passado e futuro. 

                             A direção fica por Steven Caple Jr, um iniciante com mais curtas no currículo do que longas e faz um bom trabalho no filme, contando com um elenco que retorna do primeiro teve um bom time de atores para dirigir. As atuações são um destaque no filme, o casal interpretado por Michael B. Jordan e Tessa Thompson segura a peteca de um bom tempo de tela, a jornada que envolve o nascimento de um filho e a relação entre eles é uma conexão forte, nos coadjuvantes temos atores experientes que dão o clima no enredo como o opostos de Rocky e Ivan Drago, a mãe de Creed como pilar familiar e o promotor da luta que representa o lado mais comercial do boxe. 

                            As lutas seguem como um bom ponto da franquia, tendo apenas três neste longa, trazem a dramaticidade e o peso psicológico de um lutador em busca de algo. A juventude serve para reeditar a força e a virilidade que o boxeador representa, a mudança de gerações ,mas com com as mesmas cores da luta original da década de 80 fazem atual uma disputa que fazia sentido na sua época como EUA x Rússia na guerra fria. 

                             Viktor Drago é a representação de um legado e ao mesmo tempo da pressão que país exercem nos filhos, a sucessão direta no esporte com a projeção de uma vingança planejada friamente. O fato de ele lutar tem mais relação com o passado do que uma construção de carreira como segue a relação de Rocky e Creed, a dois polos de motivação que são o ressentimento e a orientação. O final de Pai e Filho(Ivan e Viktor) reflete uma revelação e um recomeço de ambos como uma dupla no esporte e na vida. 

                         O modo como o roteiro se encaixa nessa correção de rumo da masculinidade, os valores do antigo Rocky não se encaixam neste modelo atual e as considerações finais do filme mostram novos caminhos como uma paternidade responsável, a visão do excesso do ego masculino e como a força bruta não é sinônimo de sucesso. Importante lembrar dos fatos que construiram a imagem do homem forte e heroico dos fim de 80 e 90, são bases de gerações que estão no mundo hoje e participam da sociedade, porém dar o ponto que certos conceitos estão obsoletos dentro da realidade onde o papel do homem deixou de ser apenas músculos e frases feitas. 

                           O final do filme deixa uma ponta solta que pode ou não ser retomado, as homenagens a Apollo como os acontecimentos da luta da Rússia dão o ar nostálgico que ligam ele a a franquia original. O futuro aparece no personagem forte e complexo que se tornou Adonis Creed e a chegada de sua família pode ser uma ponte para que um voo solo consiga ser alcançado apenas com citações ao tutor, a independência daria uma vida nova a série de filmes que aproxima dos 50 anos. 

                            É isso, pessoal 
                           Até a próxima 

    

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