Crônica da semana: A saudade que vai ficando...



                                  Olá pessoal

                            O tema de hoje é o mal que fica mais potente em meio ao isolamento, a distância traz saudade que na sua maioria dos casos esta crescendo com a preservação da vida ao evitar contagiar aqueles que mais amamos como família, amigos e parceiros. Os dias vão passando e como o país dificulta a saída da quarentena o que vai se acumulando é a falta que não se mata com uma ligação, o contato físico e emocional de encontrar alguém.

                            Os poetas já descreveram em tantas palavras o sentimento como também as histórias épicas trataram da distância do herói e sua amada, algo que é tão antigo e intrínseco ao Homem. O momento de se afastar é tão cruel como necessário, os "heróis" do cotidiano como médicos, filhos, enfermeiros, policiais e até políticos que tem o papel de estar ausente para não trazer a doença para o seu próprio lar e isso gera que as emoções fiquem afloradas com a incerteza do dia do seguro retorno, a vida normal em que visitar a mãe, viajar ao interior, levar os filhos para passear possa voltar.

                        A questão é que até as pessoas mais duronas tem sentido muito a necessidade de se abrir para cuidar da saúde mental, a saudade associada a solidão tem colocadas em meio a falsa "normalidade" com a pendências de home office e das tarefas diárias. O sonho de morar sozinho parece uma situação complicada, quem pode fugiu para as suas casas originais com a família para não ter que lidar com a quarentena inteiramente só, o cotidiano sem liberdade e a sensação de prisão sobre as paredes são os agravantes do tempo ocioso no mundo que nunca para. A estranha vontade de rever quem você via todo dia e da sensibilidade de gestos simples como uma visita a distância, uma vídeo chamada ou uma mensagem parecem grandes atos de amor.

                       O olhar que fixa através das janelas, mirando o horizonte tem a missão de carregar as esperanças de voltar as ruas e parques, eis que essa seja outra saudade dos passeios a cidade que pode ser pequena ,mas é a rotina que perdemos e valorizamos tanto. O modo como de repente poder levar o doguinho para andar, passar nas lojas próximas para comprar uma besteira, comer no mesmo bar e até ir na sua escola/faculdade/trabalho se torna algo que você gostaria muito. As coisas mudaram,

                  As coisas que eu sinto falta nesses tempos são muitos variadas desde a programação da TV que era o que sustentava as tardes ociosas até a vontade de sair com o cachorro em tempos que o joelho dá uma condição de funcionar. As pessoas dos lugares fazem falta como os colegas de USP que são a minha companhia nas minhas noite, as idas para a biblioteca no corre corre da cidade grande e os mesmos bares, restaurantes e lojas que você reconhece quem trabalha lá. O mundo que esta lá fora pode ser alcançado, entretanto as coisas que não podem ser tocadas que trazem a lembrança constantes da ausência.

                         É isso, pessoal
                         Até a próxima


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