Culturapop em analise #64: o mundo através de calls e reuniões



                             Olá  pessoal

                           O tema de hoje é que o modo como vamos enxergar as pessoas na televisão por um bom tempo, as telas transmitindo direto de casa se tornou a realidade da TV que antes tinha o formato de programa de auditório como ponto forte e tem que lidar com a distância e a precaução para manter seus campeões de audiência no ar. As entrevistas e debates acontecem com cada um de sua casa/estúdio e as frases atropeladas viram uma sinfonia de falas intercaladas que engessam o conteúdo como consequência da pandemia.

                         A maquina de entretenimento e manutenção do discurso social, as emissoras sejam da TV fechada e aberta tem uma lógica de um mágico para fazer com que os olhares se mantenham preso a ela por hora pois a audiência recompensa o esforço de criar e desenvolver programas televisivos. Quando a situação fecha até a instituição mais intocada nas crises, a diversão domiciliar temos um ponto de discussão sobre as pessoas aceitarem outros modos de informar, fazer rir e chorar e etc, o mundo através das lentes dos celulares e webcams é o novo "normal" com a impossibilidade de trazer as pessoas até você e as equipes limitadas trabalhando in loco..

                     A tradicional função das comunicações via internet era colocada para negócios, mercados alternativos adultos e para papos informais, a adoção de construção quase cem por cento de pessoas a distância seja o apresentador, convidados e colaboradores é um ponto que incomoda muita gente. A interação com a plateia, quebra pau ao vivo e espontaneidade são coisas que fazem falta e isso sim pode cansar o telespectador do futebol com programas parecidos em sequência; dos programas matinais que estão acostumado a um cenário e mais pompa nas matérias; dos jovens que tem pouco apreço pelo produto televisivo.

                     Existe até qualidade em criar assuntos discutidos num grande Zoom/Skype desde que o mediador funcione bem, os argumentos sejam convincentes e o ritmo geral seja agradável. As multitelas com convidados são uma solução para estes tempos até a volta de aglomeração e nos lembra que um simples programa demanda muita equipe e eles tem que estar seguros, ver as pessoas na frente da TV como uma representação da crise e ter paciência com o momento em que tudo voltará a ser como era.

                           É isso, pessoal
                           Até a próxima


Comentários

confira :

Sinto falta dos desenhos japoneses na TV

Giro dos esportes #19: O Lento retorno do futebol e a crise